Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas estão seguindo medidas preventivas contra Covid-19
Outros 10% votaram na segunda opção, que sugere a falta de medidas preventivas e que consideram a pandemia “alarmismo”.
Em tempo, até a manhã de hoje, o Ceará seguia como um dos estados brasileiros mais afetados pela pandemia da Covid-19. São mais de 800 casos confirmados em todo o Estado e 26 óbitos, conforme informações da Secretaria de Saúde do Estado divulgadas no último domingo (05/04).
O Ceará está em quarentena desde 19 de março, com a população em isolamento social, além do comércio e atividades produtivas funcionando sob restrições. O governador do Estado, Camilo Santana, decretou no domingo que o estado de quarentena deve se manter por mais 15 dias, até 20 de abril, conforme orientações do Comitê de Saúde do Estado.
O deputado Heitor Férrer (SD) voltou a afirmar que o isolamento é o melhor e mais potente medicamento contra a Covid-19. Segundo ele, essa é a orientação dos especialistas, e a medida tem sido praticada no mundo inteiro. Ele lembra também que os países que não adotaram essas medidas de forma imediata estão vivenciando um número de mortes extremamente elevado.
Para o parlamentar, a decisão do governador Camilo Santana de estender o isolamento para população, estabelecimentos comerciais e demais atividades, por mais 15 dias, foi acertada. “Ele não poderia tomar outra atitude a não ser essa. A ciência não se submete à política, nem a mim e nem a você. Ela deve ser respeitada”, defendeu.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) considerou que o isolamento irá agravar a crise para o setor comercial e produtivo e ressaltou as medidas assistencialistas do Governo Federal para os que ficaram sem renda durante a quarentena. “Vamos esperar que o Governo Federal libere esse valor de R$ 600 para que os autônomos, informais, desempregados e outros tenham como garantir suas necessidades básicas nesse momento em que o País está parado”, frisou.
Ele reforçou, entretanto, que a experiência de outros países provou que o isolamento social abrandou a crise provocada pelo coronavírus. “Quanto mais rápido esse vírus for contido, mais rápido sairemos desse estado de quarentena. A economia podemos ir recuperando com o tempo, enquanto as vidas das pessoas não”, considerou.
A deputada Dra. Silvana (PL), por sua vez, entende que a manutenção do isolamento é sábia, mas que as igrejas e demais instituições religiosas foram prejudicadas e “injustiçadas” com o novo decreto do Governo do Estado - que restringe o funcionamento. De acordo com a parlamentar, as igrejas sempre funcionam como “agentes sociais” em tempos de crise. A deputada afirma que a relação entre o fiel e seu pastor é diferente da relação do povo com o Governo do Estado.
“O fiel ouve o pastor, e poderíamos agir em conjunto no sentido de orientar e até na promoção das medidas preventivas, como com a distribuição de máscaras para o público. Poderíamos estabelecer uma rotatividade ou controle de pessoas dentro das igrejas, entre outras coisas. Seria uma medida excepcional, mas que estaria em consonância com o momento atual, assim como auxiliaria o Estado na conscientização e proteção da população”, defendeu.
Para o médico pneumologista Felipe Neri, todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde devem ser seguidas à risca pela população. "Aqueles que puderem ficar em casa, fiquem. Se necessário sair, saia apenas uma pessoa, que deve usar sempre o álcool em gel e manter a distância de outros. Se espirrar ou tossir, cubra o rosto com o antebraço", recomendou.
Para o pneumologista, esse não é o momento de debater a seriedade da doença. É preciso conscientizar as pessoas que, se todos estiverem doentes ao mesmo tempo, não haverá leitos e nem profissionais o suficiente para atender. "Qualquer pessoa pode portar o vírus, mesmo de maneira assintomática. Ainda é uma doença nova e pouco conhecida e, portanto, é importante que os cidadãos sigam as orientações dos profissionais de saúde e não tratem o isolamento com descaso. Para aqueles que precisam trabalhar, é importante que, se possível, não fiquem perto de grupos de risco, que envolvem principalmente as pessoas idosas", assinalou.
PE/LF