Você está aqui: Início Últimas Notícias Deputados destacam eficácia do isolamento social para conter Covid-19
A pesquisa, publicada na quarta-feira (25/03), que tem base em dados secundários da evolução do novo coronavírus divulgados pelo Governo do Estado, mostra que, apesar do crescimento recente de casos no Estado, a velocidade de disseminação da doença já apresentou queda após a adoção das medidas.
O presidente da Casa, deputado José Sarto (PDT), alertou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou o isolamento social como maneira importante na busca por evitar maior propagação do Covid-19. “Chefes de Estado e presidentes estão colaborando e trabalhando nesse sentido. Aqui no Ceará, o governador Camilo Santana estabeleceu de maneira prudente o isolamento social para garantir a integridade e saúde das pessoas. Peço que os cidadãos colaborem com o Governo, fiquem em casa e cuidem dos seus familiares”, disse.
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) comemorou a regressão da disseminação da doença, destacando que a medida de isolamento, como sugere o Governo do Estado, é de grande relevância, já que evita a propagação do vírus. A parlamentar também faz sugestões para dar suporte ao sistema de saúde e acolher mais pessoas, como a utilização do Centro de Eventos e do Centro Olímpico como unidades de atendimento aos doentes.
Na avaliação do deputado Renato Roseno (Psol), o isolamento social é a única medida efetiva para diminuir a curva epidêmica. Para ele, isso é muito importante, pois, ao reduzir a velocidade de contaminação, diminuirá a superlotação do sistema de saúde. O parlamentar salientou, entretanto, que não basta só pedir para a população não sair de casa. “Precisamos garantir uma renda mínima universal para todos os que não têm vínculo empregatício, que são 54% da força de trabalho no Ceará. Por isso queremos garantir um benefício de renda para estes em nosso projeto de lei 064/2020".
O deputado Marcos Sobreira (PDT) enfatizou que as medidas de distanciamento social impostas pelo Governo do Estado são, inclusive, recomendadas pelos médicos infectologistas e Organização Mundial da Saúde (OMS). “A pesquisa nos mostra que são medidas corretas, que surtem resultados. A economia vai regredir, mas é preciso pensar em salvar vidas agora. Economia nós recuperamos, a vida dos cidadãos nesse momento é mais importante”, destacou.
O deputado Fernando Hugo (PP) considera que as medidas tomadas pelo Governo do Estado foram assertivas para evitar a rápida propagação do Covid-19. “Com muitas pessoas contaminadas, o sistema de saúde não consegue dar conta de atender a todos”, assinalou.
O parlamentar observou também que o Governo Federal precisa desenvolver políticas públicas que atendam a população mais carente e que minimizem as demissões. “A economia vai sofrer e, portanto, é preciso investir em assistencialismo social. O que não podemos é ir contra a recomendação dos especialistas, porque os efeitos são catastróficos”, acrescenta.
O diretor do Instituto Ampla Pesquisa, Agliberto Ribeiro, ressalta que o resultado do estudo qualifica a atitude de Camilo Santana. Conforme assinalou, desde que o governador determinou a quarentena à população, no dia 20 de março, a curva de evolução da doença vem diminuindo, ainda que a de crescimento acumulativo de casos confirmados continue crescendo. “Os números de casos vão aumentar, não podemos fazer nada quanto a isso, até porque muitas pessoas já estão contaminadas sem saber”, alerta.
A estratégia utilizada para verificar esses dados, conforme Agliberto, foi pegar uma base sólida de dados sobre o Covid-19, como a do Ministério da Saúde, e comparar a evolução do número de casos de cada dia em relação ao anterior. A informação divulgada pelo Governo do Estado de que, esta semana, que começou em 23 de março e seria fundamental para o alastramento ou contenção da infecção, cujo pico seria em abril, colaborou para a diminuição desses números.
Em 20 de março, dia em que o governador determinou quarentena no Estado, o número de casos confirmados foi 283,33% maior do que o de 19 de março. Já em 22 de março, o número era apenas 148,81% maior do que no dia anterior, reduzindo para 131,2% e 112,8% nos dias posteriores.
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