O músico Luiz Vieira, natural da cidade de Caruaru (PE), tem esse nome em homenagem ao avô. Antes dos dez anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo criado pelo avô em Alcântara, município de São Gonçalo.
Luiz Vieira exerceu diversas atividades antes de ingressar na carreira artística. Trabalhou como chofer de caminhão, motorista de táxi, guia de deficiente visual, engraxate e lapidário. Quando criança, Luiz Vieira cantava em circos e parques de diversão.
Sua primeira composição foi produzida aos oito anos de idade. Já aos 15 anos, começou a se apresentar em programas de calouros e a cantar como crooner de orquestra em clubes noturnos da Lapa, no Rio de Janeiro, as canções “Leiteria Boll” e “Capela”.
Em 1946, foi contratado pela Rádio Clube do Brasil para se apresentar com o cantor e compositor Zé do Norte no programa “Manhãs da Roça”, que era dedicado às músicas nordestinas.
Como compositor, tem mais de 500 músicas, gravadas por vários artistas, entre os quais: Caetano Veloso, Taiguara, Pery Ribeiro, Nara Leão, Moacyr Franco, Hebe Camargo, Augusto Calheiros, Gilberto Alves, Agnaldo Rayol, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Cascatinha e Inhana, Sérgio Reis, Rita Lee, Marcelo Costa e Maria Bethânia.
Lançou trinta discos, dentre eles, “Pai, acende o lampião/Caixa d'água/ Todamérica” (1951), “Dona Catulina/Chova ou faça sol/Todamérica” (1952), “Rolinha Minha Saudade/ Toada com Maria Jesuína/Todamérica” (1953), “Paroliado/Desfeita/Todamérica” (1954), “Quem Come Bebe Tudo/ Mamãe Bate/Odeon” (1955), “A Intrigante/Guarânia do Amor Sofrido/Copacabana” (1960), “Em Tempo de Verdade/Copacabana” (1971), “40 Anos de Música/Continental” (1986), “O Melhor de Luiz Vieira/Movieplay” (1992), “Os Grandes Sucessos/Polidisc” (2000) e outros.
Luiz Vieira morreu com 91 anos no dia 16 de janeiro de 2020.
O Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h. A produção é de Fátima Abreu e Ronaldo César e a apresentação de Narcélio Limaverde.
WT/CG