A Campanha Brasileira do Laço Branco objetiva sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, com base em ações educativas. A data 6 de dezembro, definida para a iniciativa, marca o dia em que um jovem de 25 anos atirou contra estudantes da Escola Politécnica de Montreal, no Canadá, matando 14 mulheres e ferindo outras 14. Depois suicidou-se. O crime ficou conhecido como o “Massacre de Montreal”, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social.
Na Assembleia, a programação da campanha Laço Branco teve início pela manhã, com apresentação da iniciativa aos parlamentares. Em seguida, houve a distribuição de laços brancos e folders informativos para os pedestres, no cruzamento da avenida Pontes Vieira com a rua Barbosa de Freitas, e um seminário à tarde.
A procurada Especial da Mulher na Casa, Augusta Brito, vai dar detalhes sobre a mobilização lançada no Parlamento. A deputada destaca ser imprescindível a participação dos homens no debate sobre violência contra a mulher. "A Lei Maria da Penha não veio só para punir o agressor, ela trabalha com a prevenção, que é o mais importante. É nessa intenção que a gente convoca os homens a participarem desse debate e desconstruírem, juntos, o machismo em nossa sociedade, construindo uma convivência de harmonia entre homens e mulheres", diz a parlamentar.
Segundo o Ministério da Saúde, a cada quatro minutos uma mulher sofre violência física no Brasil e a cada dois minutos uma mulher é morta no mundo e de uma forma muito cruel, muitas vezes pelo próprio companheiro, em 75% dos casos por ciúmes.
Também durante a semana, foram realizados debates sobre o tema com a presença de profissionais da saúde e deputados.
Para falar um pouco sobre o documentário "Precisamos falar com os homens", uma iniciativa da ONU Mulheres, exibida na tarde do dia 6 de dezembro, no auditório Murilo Aguiar, estará no programa o psicólogo do Instituto Promundo, Daniel Costa.
Outros assuntos, tais como a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, Lei da Importunação Sexual, Lei Lola e a violência contra a mulher, serão discutidos pelos deputados Renato Roseno (Psol), Nezinho Farias (PDT), Tin Gomes (PDT), David Durand (REP) e Fernanda Pessoa (PSDB).
Com produção de Samuel Frota e apresentação da jornalista Silvana Frota, o programa Mulheres no Parlamento vai ao ar às quintas-feiras, às 20h30, com reprise no domingo, às 18 horas.
WT/CG