Para 57% dos que responderam, a decisão é acertada, pois dá alívio no orçamento das famílias atendidas. Outros 24,1% acreditam que a medida vai beneficiar o comércio, devendo ser incorporada ao programa nos demais anos, enquanto 19% consideraram a decisão do Governo como mais um paliativo.

Para o deputado Romeu Aldigueri (PDT), em um País ainda extremamente pobre, com inúmeras dificuldades e com gente vivendo na linha da pobreza ou abaixo dessa linha, há a necessidade de se ter uma gestão forte no aspecto social.

“Sou a favor da manutenção do Bolsa Família e do benefício do 13º salário para os que são contemplados por esse programa. Conhecemos o interior do Ceará, do Nordeste e a situação de vulnerabilidade social de boa parte da população. Nesse sentido, entendemos a importância da proteção social no País”, avalia o parlamentar.

A deputada Dra. Silvana (PL) considera a iniciativa como nobre e necessária, enfatizando que, para quem recebe recursos do Bolsa Família, qualquer parcela a mais que ajude no orçamento vai ser sempre bem-vinda. “Quem é contemplado pelo Bolsa Família deve sim receber o 13º salário, e parabenizo o Governo Bolsonaro pela excelente iniciativa, provando que ele tem cumprido o dever social com o mais carente e que mais precisa”, salienta.

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) reconhece que qualquer valor a mais destinado para quem precisa não pode ser visto como algo ruim, em razão da extrema miséria vivenciada por uma parcela significativa da população brasileira, mas aponta contradições nas políticas sociais do Governo Federal.

De acordo com o parlamentar, ao mesmo tempo em que é proposto um 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família, o custeio da assistência de saúde no País é reduzido em 50%.

“Se o Governo quer melhorar a assistência, por que não resolve o problema desse custeio na ponta? Se não tiver gente para avaliar se a pessoa tem direito a receber o Bolsa Família, ou seja, problemas estruturais no programa, como a pessoa vai ter acesso? Seria como se eu estivesse dando um aumento, mas colocando uma dificuldade ao mesmo tempo”, assinalou Carlos Felipe.

O economista Ricardo Coimbra ressalta que, diante de um momento de taxas de desemprego bastante elevadas e índices de inadimplência grande das famílias de baixa renda, o recurso de uma parcela adicional ao Bolsa Família vai minimizar os impactos.

“É uma ajuda adicional, neste momento, em que uma parte das pessoas está endividada e inadimplente. Essa iniciativa de liberação do 13º para o Bolsa Família em 2019 é algo muito importante em um momento difícil para uma parcela significativa da população brasileira”, pontua o economista.

Ainda segundo ele, a medida vai gerar um impacto positivo na atividade econômica, porque é um recurso a mais circulando, junto com a antecipação na liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“São recursos adicionais em movimentação na atividade econômica, que acabam gerando impactos positivos nesse período agora de final de ano”, destaca Ricardo Coimbra.

RG/AT