Para a deputada Érika Amorim (PSD), presidente do colegiado, é de grande relevância debater esse tema sensibilizando a sociedade sobre a necessidade de combater a depressão e o suicídio. “Enquanto sociedade, devemos trabalhar no sentido de desenvolver um olhar benevolente com o próximo”, afirmou.

O deputado Queiroz Filho (PDT) salientou que além de sensibilizar a população, é necessário buscar unir estado e prefeituras para combater a problemática do suicídio por meio de ações eficazes. “O Projeto Vidas Preservadas vem exatamente com o objetivo de lutar a favor da vida e a Assembleia Legislativa, através da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Combate à Depressão e ao Suicídio, está dando uma grande contribuição”, disse.  

O promotor e coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij), Hugo Mendonça, explicou que o projeto Vidas Preservadas foi criado buscando informar a população sobre o suicídio além de apresentar maneiras que possam auxiliar a resguardar vidas. “A cada 40 segundos no mundo uma pessoa se mata. São 2.160 casos de suicídios por dia, sendo a maior causa de morte no mundo, mesmo que somados homicídios e mortes na guerra”, pontuou.

O promotor assinalou que nos últimos 20 anos, no Brasil, os casos aumentaram 300% e, atualmente, o País ocupa a 8° posição no ranking dos países onde pessoas mais tiram a própria vida. “Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, no Ceará, houve crescimento de 31,8% dos casos de suicídio entre 2010 e 2018. Já segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dessas mortes poderiam ser evitadas”, enfatizou.

Hugo Mendonça ressaltou que muitos casos de pessoas que se matam, decorrem de transtornos mentais que poderiam ser tratados. “Além de buscar informar as pessoas como agir, é preciso buscar políticas públicas para combater o suicídio”, apontou.

O promotor explicou ainda que o projeto visa a estruturação de um Plano Estadual de Prevenção e Combate ao Suicídio. “Buscamos também sensibilizar as lideranças municipais para construção de planos municipais de combate. Já temos a colaboração de 69 municípios cearenses e oito capacitações estruturadas. Nosso objetivo é ampliar a ação cada vez mais”, assinalou.

Para ele, além da capacitação e adesão dos municípios ao plano, é necessário sensibilizar a sociedade para os sinais de alerta, como ajudar e a quem recorrer. “Identificar, avaliar, acompanhar e encaminhar. Sempre ouvir sem julgar e saber que falar sobre suicídio ajuda, não é tabu”, disse.

Estavam presentes no evento representantes da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Redes de Atenção Primária e Psicossocial, Fundação da Criança e da Família Cidadã, além de representantes municipais, alunos e servidores da Casa.

O evento integra as atividades promovidas durante todo o mês de setembro pela Assembleia Legislativa de prevenção ao suicídio.

GM/CG