O deputado Tony Brito (Pros), que presidiu o evento, ressaltou que o auditor fiscal é o responsável por promover os recursos necessários ao desenvolvimento e crescimento do Estado. “O auditor fiscal da Receita Estadual se sobressai como profissional que faz o elo entre o aproveitamento da riqueza socialmente produzida e a concretização dos benefícios e melhorias sociais por parte do Estado. Sem o seu trabalho, não seria possível captar os recursos que financiam as políticas públicas e, assim, os cidadãos estariam privados de seus direitos sociais fundamentais”, enfatizou.

Para o auditor fiscal Cássio Rodrigo Bandeira, é preciso empoderar a sociedade no sentido de dar maior transparência aos gastos e destinações dos valores arrecadados em tributos.

“Devemos isto a uma sociedade à qual é imputada uma carga tributária que transcende os 35% de seu PIB, correspondendo à arrecadação per capita aproximada de R$ 11.500 reais em 2018. O placar do impostômetro, em consulta hoje, marcava a ordem de R$ 1,37 trilhão em impostos arrecadados em 2019. Já o sonegômetro mostrava, no mesmo instante, a monta de R$ 443 bilhões em tributos sonegados no mesmo período. Cabe salientar que este valor sonegado só em 2019 é mais do que suficiente para cobrir um pseudo rombo na previdência social”, informou.

Segundo a coordenadora da Assessoria de Relações Institucionais da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz), Germana Belchior, o trabalho dos auditores não se sustenta sem o fortalecimento da educação fiscal. “As pessoas têm uma percepção muito negativa do fisco. Então, a gente precisa estabelecer novas formas de diálogo com a sociedade, para que o contribuinte se sinta parte do processo de construção”, observou.

Para o diretor executivo da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual e dos Fiscais do Tesouro Estadual do Estado do Ceará (Auditece), Juracy Braga Soares Júnior, o Brasil necessita de um novo modelo de sistema tributário.

“O Brasil vive uma guerra fiscal onde estados, municípios e União se entrincheiram uns para tungar recursos dos outros. Isso é muito ruim. Esse é um ambiente de concorrência desleal, onde a União caloteia os estados, deixando de repassar recursos e manejando cálculos de fundos de participação. Isso parece ser um estratagema muito bem preparado para forçar governadores e prefeitos a irem até Brasília para implorar por recursos públicos, recursos esses que deveriam estar à disposição do povo, nos municípios e nos estados”, avaliou.

Durante a solenidade, o jornalista Tarcísio Matos declamou o cordel “Cidadania Fiscal”, de autoria do auditor fiscal Napoleão Duarte.

Receberam homenagens os auditores fiscais Antônio Gevano Rios, Cássio Rodrigo Bandeira, Rafael Gonçalves Zidan, Ivan Souto, Ana Batista Sales Luz, Napoleão Duarte Diniz, Argemiro Torres Neto, Antônio Sampaio Filho, Richter Moreira Brasil, Robério Francisco Maciel e Francisco Kléber Lopes Paiva.

Também participaram da solenidade a representante do Programa de Educação Fiscal da Sefaz, Imaculada Vidal; o presidente do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp), João Milton Cunha, e o auditor fiscal e ex-secretário da Educação de Fortaleza, Jaime Cavalcante.

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