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Seminário debate proteção e ações contra homicídios na adolescência - QR Code Friendly
Segunda, 16 Setembro 2019 11:42

Seminário debate proteção e ações contra homicídios na adolescência

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Seminário internacional “Cuidando em rede: saberes e práticas na atenção às famílias de vítimas de homicídios” Seminário internacional “Cuidando em rede: saberes e práticas na atenção às famílias de vítimas de homicídios” Foto: Máximo Moura
O Comitê Cearense Pela Prevenção de Homicídios na Adolescência da Assembleia Legislativa realizou, na manhã desta segunda-feira (16/09), o seminário internacional “Cuidando em rede: saberes e práticas na atenção às famílias de vítimas de homicídios”, que debateu práticas de atenção e proteção a famílias das vítimas. O evento faz um intercâmbio entre Fortaleza e Medellín, na Colômbia, a partir do trabalho da Fundação Casa de Las Estrategias.

O presidente da Casa, deputado José Sarto (PDT), ressaltou a importância da Assembleia Legislativa, por meio do Comitê pela Prevenção de Homicídios, de debater com os demais agentes e parceiros sobre ações e experiências positivas que possam minimizar a violência na adolescência.

“As estatísticas mostram um aumento de homicídios na adolescência em toda a América Latina. Devemos trabalhar como uma rede, trocando experiências que nos ajudem a estabelecer políticas públicas e também contribuindo com outras regiões através das nossas experiências”, sugeriu.

O relator do Comitê, deputado Renato Roseno (Psol), assinalou que em parceria com o Instituto OCA e a Open Society Foundations, o colegiado fez um trabalho de pesquisa e levantamento de dados sobre homicídios na adolescência, analisando regiões, elaborando estratégias e buscando ações que possam minimizar a violência e o aumento de mortes entre os jovens.

“Ainda temos muitas limitações tratando-se de ações para reduzir as mortes. A troca de experiências é necessária. Além de elaborar trabalhos que possam mostrar as nossas experiências e deficiências, devemos buscar esse intercâmbio de ideias para desenvolver ações de melhorias”, avaliou.

A economista e vice-diretora da Fundação Casa de Las Estrategias, da Colômbia, Camila Uribe, salientou que a América Latina concentra 38% dos homicídios do mundo. A cidade Medellín, na Colômbia, concentrava em 1991, 400 homicídios por 100 mil habitantes. “Medellín era a cidade mais violenta da América e em 2015, conseguimos reduzir os índices de 400 para 20 homicídios por 100 mil habitantes”, afirmou.

Segundo Camila Uribe, foi realizado um trabalho entre polícia, prefeitura, Justiça e sociedade. “O perfil do jovem assassinado na Colômbia é o mesmo do jovem brasileiro. São adolescentes pobres que não têm rede de apoio e que moram onde as políticas públicas não chegam. Existindo exclusão, existe também maior facilidade para as mortes”, explicou.

A economista enfatizou que a maioria dos homicídios eram praticados por traficantes dentro das comunidades e que as famílias vítimas não eram tratadas com humanidade. “Deixar de humanizar a vítima é buscar uma justificativa para a morte, porém através de diálogo entre polícia e comunidade é possível estabelecer confiança e acompanhamento”, pontuou.

Camila ressaltou ainda que o acompanhamento psicológico para as famílias das vítimas e trabalhos que dignifiquem as famílias de baixa renda, fazem diferença para a redução dos índices. “Tratar quem foi vítima e buscar ações para que não tenhamos mais vítimas é uma das iniciativas que as cidades precisam trabalhar”, apontou. 

Debateram ainda sobre políticas públicas para a redução de homicídios a presidente da International Association e fundadora da “Comporación para la Prevención de la Delincuencia Ambiental”, Macarena Rau Vargas, e o advogado e diretor para a América Latina da Open Society Foundations, Pedro Abromovay.

Ainda estavam presentes no evento representantes da Open Society Foundations, Instituto OCA, Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará (SPS), Secretaria Municipal de Saúde do Estado (Sesa), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Universidade Estadual do Ceará (Uece) e outras instituições ligadas ao tema.

GM/LF

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1575 vezes Última modificação em Terça, 17 Setembro 2019 11:30

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