Você está aqui: Início Últimas Notícias Comitê Internacional da Cruz Vermelha participa de reunião na Assembleia
O relator do CCPHA, deputado Renato Roseno (Psol), explicou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha é uma organização de direito humanitário que atua sobretudo em locais com violência armada e conflitos armados. Ele destacou que, no Brasil, eles trabalham em linhas como acesso seguro a serviços públicos em territórios violentos, treinamento de forças de segurança em direitos humanos e desaparecidos.
“O que nós queremos aprender, acima de tudo, é prevenção da violência no território. Nós trabalhamos com o conceito de pedagogia do território. O território tem muito a nos ensinar. É no território que as coisas podem se alterar, no acesso aos serviços públicos, garantia de direitos”, pontuou o deputado.
Ele também enfatizou que um dos desafios na prevenção aos homicídios é mobilizar os gestores para um plano de médio e longo prazo e mobilizar a opinião pública, fortalecendo uma cultura de direitos humanos.
Com escritório instalado no Ceará desde novembro de 2018, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha já atua em projetos locais, em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado. Para a chefe do Escritório do CICV em Fortaleza, Valentina Torricelli, uma das razões para o CICV escolher Fortaleza “foi a abertura das autoridades e da sociedade civil para trabalhar sobre o tema da violência, o que é importante para podermos trabalhar em parceria”.
Ela lembrou que hoje é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados e ressaltou que “o tema também é um terreno fértil para trabalhamos aqui”. Com relação à aproximação do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, Valentina destaca que a coincidência é total nas áreas de interesse.
"Uma das nossas razões é o trabalho para mitigar as consequências da violência armada, e o comitê também procura a redução de homicídios e das condições de risco. É importante essa parceria para se explorar ações conjuntas e como cada um pode contribuir”, esclareceu.
O coordenador técnico do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, Tiago de Holanda, destaca que a CICV tem experiência na análise e enfrentamento da violência armada e as consequências humanitárias dessa violência. “É muito importante a colaboração técnica. Essa experiência da articulação com organismos internacionais colabora para fortalecer e agrega saberes”.
Também estiveram presentes o presidente do Inesp, José Milton Cunha, e representantes do CICV, do Comitê Cada Vida Importa, do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará e do Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violências e Produção de Subjetividades.
JM/LF