A maioria dos participantes (52,7%) é favorável, justificando que os equipamentos só servem para gerar arrecadação para o Governo. Outros 47,3% concordam que os radares são importantes fatores de redução de acidentes e de prevenção de mortes no trânsito.
Para o deputado Dr. Carlos Felipe (PCdoB), os fotossensores e a Lei Seca comprovadamente diminuíram as mortes no trânsito. “Esses equipamentos são necessários. Em uma avenida comum, quando o limite de velocidade é elevado de 60 para 80 quilômetros, o número de acidentes aumenta. Por isso, é importante termos meios de controlar o limite imposto. É educação de trânsito que evita muitos acidentes”, alerta.
O deputado Marcos Sobreira (PDT) é contra a retirada de equipamentos nas vias. Segundo o parlamentar, o radar é de grande importância, evitando atropelamentos em vilas e distritos e acidentes como colisões nas BRs. “Tenho inclusive muitos requerimentos de cidadãos do interior do estado solicitando a instalação de fotossensores em suas cidades. É notável a diminuição de acidentes, atropelamentos e mortes quando o radar é instalado em determinada via”, aponta.
Já para a deputada Fernanda Pessoa (PSDB), os radares de velocidade, quando instalados em lugares estratégicos, são importantes para evitar acidentes nas vias, porém muitos equipamentos apenas atrapalham o trânsito. “É preciso ter radar em avenidas e rodovias, mas o que vemos é um excesso de fotossensores, que geram arrecadação para o Governo, e essa arrecadação não é revertida para melhorias das ruas”, assinala.
O professor Afrânio Craveiro, superintendente do Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidades Federal do Ceará (UFC), observa que o nascimento do fotossensor foi uma grande evolução para o trânsito. “Desde que começaram a ser implantadas, em 1995, essas máquinas pouparam muitas vidas”, acrescenta.
Afrânio Craveiro enfatiza que estatisticamente o número de mortes no trânsito e acidentes diminuíram com os radares. “É necessário que tenhamos essas regras e esses mecanismos. Não sou favorável ao excesso de equipamentos, mas o respeito à redução da velocidade em 60 e 80 quilômetros nas estradas e avenidas movimentadas é necessário”, diz.
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