Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas apontam alternativas para maior segurança no ambiente virtual
Os internautas ficaram divididos entre duas opções de resposta. Para 40,4%, a alternativa poderia ser aprimorar a legislação que disciplina o tema, punindo com mais rigor pedófilos que se utilizam da plataforma. Outros 40,4% responderam que investir em aplicativos de monitoramento e limitar a exposição de crianças e adolescentes à internet seria a melhor saída, enquanto 19,1% assinalaram que o ambiente da internet é livre e não requer regulamentação, cabendo às famílias decidirem como fazer uso.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) avalia que o controle mais forte sobre o acesso dos jovens à internet tem que partir das famílias. “São eles que têm o poder maior de decidir o que seus filhos devem assistir e em quais horários”, aponta.
Segundo a parlamentar, podem até existir leis regulando sobre o tema, mas não vão ter o mesmo efeito de uma fiscalização, controle ou aconselhamento feito pelos pais. “Já existem muitas leis e, se elas não conseguirem sair do papel, não vão servir de muita coisa”, assinala.
De acordo com a deputada Patrícia Aguiar (PSD), a tecnologia é uma realidade desse novo milênio e, cada vez mais, vai avançar, tendo efeitos, sobretudo, nos jovens. “Precisamos de uma legislação forte, que puna os crimes cibernéticos, principalmente quando se trata de alguns abusos contra crianças e idosos”, salienta.
A parlamentar ressalta que a internet é uma ferramenta importante de comunicação, mas precisa de regras e normas que estabeleçam o seu uso legal.
O deputado Elmano Freitas (PT) entende que tanto o acompanhamento familiar quanto uma legislação mais rigorosa ou a utilização de aplicativos de monitoramento se complementam, não devendo ser contrapostas umas às outras.
“Todos esses aspectos precisam ser aperfeiçoados e melhorados, para que tenhamos absoluta segurança de que nossas crianças não sejam vítimas de pedofilia, pois isso é algo fundamental, diria que é o mínimo de cidadania, sociabilidade e dignidade do ser humano”, considera o parlamentar.
O parlamentar observa ainda que a família é um núcleo fundamental da sociedade. Ele acrescenta que, juntamente a essa atenção constante dos familiares às atividades digitais das crianças, precisam também ser regulamentadas todas as normas que garantam as restrições sobre o uso da internet por esses jovens, além de reforçar a necessidade de um acompanhamento permanente e de combate rígido aos envolvidos em casos de pedofilia.
Na avaliação da psicóloga Priscila Rocha, o acompanhamento e o controle do uso das tecnologias pelas crianças, assim como o diálogo com os pais, são fundamentais. “Apenas o monitoramento não é tão eficaz, precisa haver também um diálogo. Uma criança de 12 anos já consegue ter consciência de alguns assuntos, mas uma criança menor requer uma atenção mais especial”, pontua.
RG/AT