O músico nasceu em Bernardino de Campos, interior de São Paulo, no dia 22 de abril de 1940. Foi na cidade de Londrina, no Paraná, que iniciou sua carreira artística, cantando ao lado de sua irmã, com quem formou o Duo Havaí.
A dupla venceu, inclusive, o Festival Roda de Violeiros, do Capitão Furtado, em Londrina, tendo gravado, nessa época, seu primeiro disco.
Em 1962, Adauto mudou-se para São Paulo e passou a cantar na noite paulistana. Além da afinadíssima voz, foi aos poucos introduzindo o toque da viola caipira em suas interpretações. Durante vários anos, apresentou-se no Jogral, renomado bar paulistano onde tocava viola.
Em suas apresentações, mostrava um repertório eclético, misturando obras de compositores como João Pacífico, Milton Nascimento, Mário Lago e Rolando Boldrin, além de suas próprias composições.
Mesclando a MPB com a música caipira, aos poucos, foi conquistando espaço no rádio, na TV e nos jornais, apesar de ter sido de modo bastante limitado, muito aquém do verdadeiro talento de Adauto.
As primeiras composições foram gravadas em 1963, pelo grupo Os Amantes do Luar, que interpretou o bolero "Não me Esquecerei de Ti" e o rasqueado "Deita em Meus Braços".
Participou algumas vezes do programa Som Brasil, apresentado por Rolando Boldrin, na Rede Globo, aos domingos pela manhã, no início da década de 1980, ocasião na qual Adauto Santos e seu trabalho começaram a ganhar projeção nacional.
Sua primeira composição que realmente marcou foi "Triste Berrante", que fez parte da trilha sonora da novela Pantanal, da extinta TV Manchete, e também foi gravada por duplas caipiras, a exemplo de Pena Branca e Xavantinho.
Seu primeiro disco foi "Nau Catarineta" e o último foi "Tocador de Vida e Viola", gravado em 1997, pela gravadora do CPC/UMES, o qual foi indicado para o Prêmio Sharp de Música Regional.
Adauto Santos faleceu aos 58 anos, em 1999. No dia anterior à sua morte, ele deixou gravada uma participação na composição "Rosa" (Pixinguinha), que faz parte do CD "Mulheres em Pixinguinha", lançado pela gravadora do CPC-Umes.
Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentação de Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
Da Redação