Paulo Tapajós também estudou canto e em 1936 ingressou como desenhista profissional no Departamento de Aeronáutica Civil, cargo que ocupou por seis anos. Em 1927 o compositor editou a modinha “Meu Bem”, primeira canção, com letra do pai, Manoel Tapajós. O trabalho não chegou a ser gravado.
A carreira artística de Paulo Tapajós começou em 1928, quando se apresentou, na rádio Sociedade do Rio de Janeiro, junto com os irmãos Haroldo e Oswaldo, formando o trio Irmãos Tapajós.
Pouco tempo depois, Oswaldo desistiu e Paulo prosseguiu em carreira com Haroldo. Em 1932 a dupla gravou o primeiro disco, na Columbia, com o fox-canção “Loura ou morena”, composto por Haroldo Tapajós em parceria com o então iniciante Vinícius de Moraes e o fox-blue “Doce ilusão”, também de autoria de Haroldo.
Paulo Tapajós lançou ao todo 12 discos com o irmão pelas gravadoras Odeon, Victor e Columbia. Em 1933, “Canção da noite” e “Honolulu”, parcerias do músico com Vinícius de Moraes, foram gravados pelos Irmãos Tapajós na Columbia.
Em 1935, gravou na Victor o primeiro disco sem o irmão Haroldo. Em dueto com Almirante, os artistas interpretaram a moda “Prenda minha”, de motivo popular com arranjos de Radamés Gnatalli, e a toada “Aquela China”, de Luiz Cosme e Vargas Neto. Ainda em 1935, o Bando da Lua gravou o samba “Vou-me embora levando”.
A dupla com o irmão chegou ao fim em 1942, quando Haroldo desistiu da carreira artística. Também neste ano, Paulo passou a cantar sozinho, na rádio Nacional, além de atuar no Departamento Artístico da rádio.
Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentação de Narcélio Limaverde, Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
LM/AT