O deputado Dedé Teixeira (PT), que presidiu a solenidade, destacou que a existência de órgãos como a ACI deve ser sempre celebrada, sobretudo em tempos nos quais as mídias sociais e a internet exercem um papel profundamente transformador na sociedade. “Isto porque a ACI, assim como outros ambientes institucionais, é espaço de debates e reflexões a respeito das mudanças vivenciadas por veículos de comunicação, profissionais de imprensa e pelo próprio jornalismo. Afinal de contas, o jornalismo independente é imprescindível para o pleno funcionamento de qualquer democracia do mundo”, enfatizou.

O presidente da Associação Cearense de Imprensa, jornalista Salomão de Castro, lembrou que a ACI foi responsável por desenvolver, em Fortaleza, cursos de jornalismo para principiantes e cursos livres de jornalismo, sendo estes considerados as sementes para a posterior criação do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ainda segundo Salomão, também na ACI surgiram entidades como a Associação Cearense dos Jornalistas do Interior (Aceji) e o Sindicato de Jornalistas do Ceará (Sindjorce).

“Aqui reside um fato que representa, ao mesmo tempo, um elemento reconfortante e desafiador para a ACI. Uma vez que ela propiciou essa situação, ela também viu as suas atribuições reduzidas, que foram repassadas para essas instituições. Desde então, e essa é a filosofia que procuramos ter hoje, não resta à ACI outro caminho que não seja o de permanentemente se reinventar para ser útil aos seus mais de 400 sócios e atrair outros sócios também”, ressaltou.

O historiador e pesquisador Nirez Azevedo destacou que a ACI tem cumprido seu papel de representante do jornalismo cearense e discursou sobre os dois homenageados “in memoriam”: Dedé de Castro e Carlos d'Alge. “Dedé de Castro veio de Itapipoca e por aqui passou a colecionar prêmios jornalísticos dada a sua capacidade e habilidade no trabalho. Esquerdista nato, era conhecido entre os demais como comunista. Faleceu aos 93 anos de idade, a mesma idade que hoje tem a ACI. O Carlos d'Alge era bem diferente do Dedé; calmo, tranquilo, educadíssimo, fazia jornalismo obedecendo a uma linha toda especial e independente”, comentou.

Receberam homenagens o presidente da Associação Cearense de Imprensa, Salomão de Castro; o arquiteto e membro do Instituto do Ceará, Liberal de Castro; e o historiador, pesquisador e desenhista técnico, Nirez Azevedo. Também foram homenageados, “in memoriam”, o professor, escritor e jornalista Carlos d'Alge e o jornalista Dedé de Castro.

Participaram da solenidade, ainda, o deputado federal Chico Lopes (PCdoB/CE); o vereador Acrísio Sena (PT); o presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), Paulo César Norões; o presidente da Associação Cearense dos Jornalistas do Interior (Aceji), João Ferreira; o procurador do município de Fortaleza, Martônio Mont'Alverne Barreto Lima; e o jornalista Lúcio Filho, representando o assessor especial de Comunicação do Governo do Estado, Chagas Vieira.

BD/CG