Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas preferem utilizar 13° salário para quitar dívidas
O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), salienta que o Estado honra rigorosamente a folha de pagamento do funcionalismo público e isso proporciona ao servidor estadual a possibilidade de se planejar e aplicar da melhor forma seu salário, seja quitando dívidas ou usufruindo do benefício com lazer. “A primeira parcela do 13º deve ser paga no próximo dia 6 de julho e vai injetar cerca de R$ 1,4 bilhão na economia do Ceará. Esperamos que esses recursos movimentem o mercado e contribuam para a geração de emprego e renda”, explica.
Já a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) enfatiza que, com o aumento do desemprego, a situação econômica do Brasil está mais delicada. "Antigamente, dava para economizar, mas agora as pessoas estão sem trabalho, muitos comércios estão fechando e a maioria dos cidadãos deve utilizar o décimo terceiro para pagar e botar em dia contas básicas", assinala.
O deputado Ferreira Aragão (PDT), por sua vez, ressaltou que a opção da maioria dos brasileiros é quitar as dívidas porque economicamente o País ainda está atravessando uma fase difícil. "É um período que precisamos de mais cautela quando falamos em gastar. Quitar dívidas feitas é melhor para que as pessoas não fiquem amarradas em empréstimos ou semelhantes", frisa.
Para o mestre em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professor da Faculdade 7 de Setembro, Ricardo Coimbra, a opção se dá porque boa parte dos beneficiários ainda não recuperou totalmente o poder de compra. “A inflação é acima do reajuste salarial. A inadimplência cresceu e o número de desempregados também. Com isso, qualquer renda extra que a família brasileira tem serve para colocar as contas em dia ou quitar dívidas”, argumenta.
O economista e analista de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) Nicolino Trompieri Neto aponta que o 13º salário é considerado um recurso a mais. “Quando o orçamento de um indivíduo ou família está equilibrado, isto é, a receita mensal é maior ou igual à despesa mensal, e não há o pagamento de juros de dívidas, o ideal é que ele seja utilizado como uma fonte de poupança para ser gasto em algum objetivo”, expõe.
Segundo Nicolino, quando a despesa está maior do que a receita, incluindo na conta o pagamento de juros de uma dívida, o ideal passa a ser o uso do recurso para quitar essa dívida, pois o risco de uma dívida pequena se tornar grande e comprometer o orçamento mensal é muito alto. “Principalmente com o pagamento de juros de cartão de crédito ou de cheque especial, pois esses juros são bem maiores do que a taxa de juros básica da economia (Selic) e o cálculo desses tipos de dívidas são baseadas em juros compostos, o que faz com que o montante da dívida se transforme, num período curto de tempo, numa bola de neve, se tornando, em algumas vezes, impagável”, enfatizou.
GM/PN