O deputado Evandro Leitão (PDT) elogiou o trabalho da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) pela redução de 14,9% dos crimes letais e intencionais em Fortaleza. O parlamentar atribuiu a redução ao resultado do trabalho das polícias Civil e Militar cearenses e criticou a afirmação de colegas deputados sobre a relação da redução de crimes com a incidência de chuvas em Fortaleza.

O deputado Julinho (PPS) afirmou não ser novidade relacionarem a redução de crimes com outros fatores, como acordos com facções ou chuvas. Para o parlamentar, é preciso que se faça uma oposição propositiva e se aprenda a reconhecer quando o resultado for positivo.

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) lembrou que diariamente são noticiadas ações violentas em todo o Brasil, muitas que não são possíveis de prever. Segundo ele, a vida da população não pode ser simplificada em números, mas cada progresso obtido nessa luta é valioso.

Já para o deputado João Jaime (DEM), os resultados estão mostrando que há um grande esforço do Governo, mas que, enquanto não houver ataques às facções criminosas, a situação não se resolverá por completo. De acordo com o parlamentar, é necessário que o Governo Federal apoie os estados com mais inteligência e policiais, pois, para o parlamentar, apenas com uma grande organização será possível vencer as facções.

O deputado Capitão Wagner (Pros) considerou insuficiente o combate ao crime organizado no Estado e apontou falta de controle do Poder Executivo nos presídios cearenses. Para o parlamentar, “é lamentável que facções e bandidos sigam mandando no Estado, sem nenhuma providência efetiva tomada pelas autoridades”.

O deputado Carlos Matos (PSDB) relatou que esteve recentemente na cidade de Medellín, na Colômbia, que já foi uma das cidades mais violentas da América Latina, mas que hoje serve como uma referência de projeto de segurança pública. Segundo Carlos Matos, isso prova que, quando há um trabalho unificado entre governos e sociedade, além de vontade política, pode se reverter um quadro grave de insegurança.

O deputado Roberto Mesquita (Pros) lamentou que a sociedade cearense esteja "doente" e com medo. Para o deputado, a hegemonia e a força política que perduram no Ceará nos últimos governos causaram a “doença da violência” no Estado, fazendo com que a sociedade ache que tudo está no caminho certo, uma vez que a verdade é “encoberta por esse poder dominante”.

Com produção e edição de Oona Quirino e apresentação de Luciana de Andrade, o programa Opinião em Debate vai ao ar às sextas-feiras, a partir das 19h15, logo após o Jornal Assembleia.

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