Na ocasião, também foi lançado o livro “Transplante do Coração – Um Caminho Para a Vida”, de autoria dos médicos Valdester Cavalcante, João David de Sousa Neto, Juan Alberto Cosquilla Mejia e Clébia Castelo Branco.

O deputado Leonardo Pinheiro (PP), que propôs a solenidade, destacou o trabalho do Instituto do Coração da Criança e do Adolescente (Incor Criança) no tratamento de crianças com cardiopatias pediátricas. “É uma organização sem fins lucrativos que faz a parte de diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares em crianças e do acompanhamento após o transplante. O Incor faz um trabalho de uma importância, que nos faltam até adjetivos para descrever, só quem sabe mesmo são as famílias que passam por essa dificuldade de ter uma criança com cardiopatia”, salientou.

De acordo com o médico cirurgião que realizou o primeiro transplante de coração em criança no Ceará, Valdester Cavalcante Pinto Júnior, a insuficiência cardíaca afeta 23 milhões de pessoas no mundo, incluindo 6 milhões de pessoas no Brasil. Valdester ressaltou ainda que, para aqueles cuja condição avançada requer hospitalizações repetidas, o transplante cardíaco passa a ser a intervenção mais eficaz, quando o objetivo é retornar à vida com qualidade.

“A intenção do transplante – em apreço o do coração – vai além de técnicas operatórias e controle de rejeições; explorar esse universo em outra perspectiva é um desafio interessante, dado que os resultados dependem de encaminhamentos de esforços: indicação, doação, captação e internamento”, comentou.

Segundo o cirurgião cardiovascular Peter Zilla – que teve seu discurso traduzido pelo cirurgião cardiovascular Juan Alberto Cosquillo Mejia –, o Brasil e a África do Sul possuem reivindicações bastante semelhantes, mas que nunca se concretizaram. Para Zilla, os países emergentes precisam começar a pensar em fabricar os próprios insumos, motivo pelo qual ele veio a Fortaleza mediar os contatos entre esses países e concretizar a possibilidade de ter equipamentos mais sofisticados para transplantes, que sejam fabricados no Brasil, na África do Sul, Índia e China.

Já a secretária executiva da Saúde do Estado do Ceará, Lilian Alves Amorim Beltrão, agradeceu a todos os homenageados pela dedicação ao ofício de transplantar órgãos. “Quem trabalha com transplante tem que ter muita entrega, doação e sensibilidade, porque o transplante não tem hora para acontecer”, enfatizou. A secretária também destacou que o Ceará atende não apenas cearenses, mas também pacientes de outros estados.

O evento homenageou o médico cirurgião que realizou o primeiro transplante de coração em criança no Ceará, Valdester Cavalcante Pinto Júnior; a enfermeira perfusionista Ilza Angela Oliveira Costa; os médicos anestesiologistas Antônio Olavo de Sousa Magalhães, Henrique José de Almeida Torres e Jane Eyre Melo Moreira; o cirurgião cardiovascular Juan Alberto Cosquillo Mejia e os médicos cirurgiões Fernando Antônio de Mesquita e Waldemiro Carvalho Júnior. Todos compuseram a equipe do primeiro transplante de coração em criança no Ceará, no Hospital Antônio Prudente.

Também receberam homenagens o instrumentador cirúrgico do primeiro transplante de coração no Ceará, Francisco Barros de Sá; a enfermeira responsável pelo primeiro transplante cardíaco pediátrico do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Cristiane Magalhães Leite, e a enfermeira perfusionista responsável pela Unidade de Transplante Cardíaco Pediátrico do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Raimunda Selma Antero de Sousa. Foi homenageado “in memoriam” o médico cardiologista pediátrico Ricardo Farias Sardenberg.

Foram homenageados, ainda, o cirurgião cardiovascular Peter Zilla e os médicos cardiologistas João David de Souza Neto e Klébia Castello Branco, responsáveis pela Unidade de Transplante Cardíaco Pediátrico do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes.

Também participaram da solenidade o deputado Heitor Férrer (SD); a diretora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia Barbosa, e o coordenador da Unidade de Transplante e Insuficiência Cardíaca do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, João David de Souza Neto.
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