Você está aqui: Início Últimas Notícias Henrique Javi destaca desenvolvimento da área de Saúde no Ceará em 2017
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), solicitante do encontro, ressaltou que a reunião é uma oportunidade para verificar se os debates feitos na Casa refletiram de fato em ações na Secretaria. “Mais importante é a transparência; o Poder Legislativo é um poder não só legislador, mas também fiscalizador”, apontou.
O secretário Henrique Javi destacou que o Estado teve uma despesa realizada de R$ 3,2 bilhões na área de Saúde, dos quais 62% foram distribuídos para a assistência hospitalar ou ambulatorial. “Ou seja, a assistência ao cidadão adoecido; ele tem um sintoma, uma condição qualquer, que o leva a essa condição”, explicou. Javi comentou ainda que foram realizadas 27 auditorias na Secretaria da Saúde no ano de 2017 – e quatro ainda em conclusão, o que representa uma média de duas auditorias por mês durante o ano passado.
O gestor também apresentou um conjunto de 23 indicadores – determinados por meio de pacto federativo – que espelham a condição da saúde no Ceará. Dentre os indicadores, a taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas no Ceará em 2017 foi de 252,07 por 100 mil habitantes; a meta nacional é reduzir esse número para 250 mortes por 100 mil habitantes.
Para Javi, apesar de bem próximo da meta, esse número ainda é muito alto. “Diabetes, hipertensão e os cânceres estão dentro desse grupo. É importante perceber o quanto deve ser trabalhado ainda para que a gente possa evitar precocemente a perda de anos de vida e a perda de material humano produtivo”, enfatizou. O secretário acrescentou que, na Espanha, os números de infartos e AVCs foram reduzidos pela metade nos últimos 15 anos. “Às vezes, convivemos com essas doenças e não percebemos o quanto pode ser feito em relação a isso”, pontuou.
Outro indicador destacado foi o de exames de mamografia de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos. Segundo Javi, há um grande número de mulheres que não comparecem ao exame. “É você ter, por exemplo, mamógrafo mais do que é necessário no Ceará, ter exame agendado, e parte da população não fazer o exame no tempo correto e, então, ser diagnosticada tardiamente com tumor de mama”, esclareceu. O secretário salientou ainda que o fenômeno não é diferente na rede privada. “Isso demonstra que no fator prevenção, a discussão da palavra saúde ficou banalizada. Confundimos hoje falar de saúde com falar de doença”, avaliou.
De acordo com Javi, o Ceará também alcançou, em 2017, a 2º melhor marca de transplantes em 20 anos – a 1ª melhor marca foi atingida em 2016, quando houve mais de 1.800 transplantes realizados. Já o Hemoce se destacou como uma das três melhores hemorredes do País. Enquanto isso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ampliou em 11,59% o número de atendimentos em 2017 – de 56,6 mil em 2016 para 63,2 mil atendimentos em 2017, cobrindo cerca de 70% do território cearense, segundo os dados apresentados pelo secretário da Saúde.
Também participaram do encontro a secretária adjunta da Sesa, Isabel Cristina Cavalcanti; a secretária executiva da Sesa, Lilian Alves Amorim Beltrão; os deputados Fernanda Pessoa (PR), Leonardo Pinheiro (PP), Evandro Leitão (PDT), Carlos Matos (PSDB), Dra. Silvana (MDB) e Dr. Santana (PT), além do suplente de deputado Yuri Guerra (PMN).
BD/CG