Você está aqui: Início Últimas Notícias Alunos da Escola Adauto Bezerra recebem Caravana de Combate à Violência
O encontro foi aberto com uma apresentação do cordelista Tião Simpatia, que declamou um cordel sobre a Lei Maria da Penha, com mensagem de não violência contra a mulher e que também aborda a violência contra o homem. A apresentação do cordel já foi feita em escolas de vários estados, como Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Os alunos assistiram ainda a uma apresentação teatral sobre o tema, participaram de uma palestra e, em seguida, foram divididos em grupos de trabalho para apresentarem, em conjunto, propostas para a construção de políticas públicas acerca do tema.
Laurenilza Assunção, que representou a Procuradoria Especial da Mulher, disse que o objetivo da visita às escolas é levar uma mensagem, não só aos estudantes, mas a todo o povo do Ceará, do compromisso da Procuradoria de discutir alternativas para combater a violência contra a mulher. "Os jovens que estamos preparando hoje serão os pais, mães, políticos e governantes do nosso País amanhã. Então precisamos trazer essas questões, para que eles possam se inserir nesse processo e fazer hoje o futuro de amanhã", destacou.
A iniciativa da Procuradoria de levar essa discussão para dentro das salas de aula foi considerada pelo diretor da escola, professor Otacílio Bessa, "como extremamente importante e oportuna". Essa discussão, segundo ele, permeia situações vivenciadas dentro da escola e nos grupos familiares dos estudantes. "Esses alunos precisam discutir e aprofundar os debates no sentido de descobrir saídas e possibilidades para a solução do problema e criação de uma cultura que se contraponha, que não se cale diante de fatos inaceitáveis de violência contra a mulher", avaliou.
Na avaliação da estudante do 3º ano Maria Estela Salles e Silva, de 17 anos, a violência contra a mulher é um assunto para ser discutido em todas as escolas, principalmente da periferia de Fortaleza, onde esse tipo de violência é muito comum. "É muito importante porque são estudantes adolescentes em fase de crescimento, em formação física e intelectual e que precisam dessa conscientização por uma cultura de não violência", avaliou.
Da mesma forma pensa a colega dela, Fabielle Melo, de 16 anos, também estudante do 3º ano. "O machismo é algo muito recorrente na nossa sociedade e também está dentro da escola; precisa ser trabalhado entre os estudantes", afirmou.
Anderson Lima Menezes, de 16 anos, estudante do 3º ano, também concorda: “as mulheres lutaram muito para conquistar e garantir os direitos que têm hoje". Para ele, é preciso enfrentar qualquer tipo de preconceito, em especial aqueles que geram violência contra as mulheres. O estudante ressaltou ainda que a campanha vai ajudar muito na formação do cidadão e da cidadã, promovendo uma conscientização mais ampla sobre a violência.
Também participaram da visita representantes das coordenadorias de Políticas para as Mulheres e de Políticas para a Juventude do Estado, da Secretaria de Educação ― parceiros nesta campanha ―, do movimento de mulheres e do movimento estudantil.
WR/CG