Você está aqui: Início Últimas Notícias Assembleia celebra 28 anos do Grupo de Resistência Asa Branca
Para o parlamentar, a homenagem é oportuna e representa um reconhecimento não só ao trabalho do Grab, mas de todos aqueles e aquelas que lutam pela dignidade humana. “É muito importante homenagearmos o Grab, mas sobretudo a militância que remonta há muitos séculos atrás, que vai nos lembrar de todos os homens e mulheres que, no século XVIII, no século XIX, se levantavam pelo direito de ser e de amar como quisessem, pelo direito à liberdade, pelo direito à sua dignidade”, enfatizou. Renato Roseno informou ainda que tramita na Casa projeto de lei, de sua autoria, que assegura o direito à identificação pelo nome social às pessoas transexuais e travestis.
Segundo o presidente do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), Francisco Pedrosa, a entidade é uma construção coletiva e política em defesa da democracia. “E nós temos um lado, que é o lado dos mais oprimidos, das mais oprimidas, do povo pobre, dos trabalhadores, das trabalhadoras. Nós no contrapomos a esse processo atual de desmonte dos direitos sociais em curso neste país, nós nos contrapomos aos acordos de governabilidade que rifam os direitos LGBT por questões relacionados ao poder econômico e político, nós nos contrapomos a esses processos”, afirmou.
De acordo com a coordenadora adjunta de Políticas Públicas para Diversidade Sexual da Prefeitura Municipal de Fortaleza, Dediane Souza, o Grab é um espaço de formação política, empoderamento e reivindicação da política de direitos humanos. “É importante dizer que, nesse momento, quando a gente vivencia um conjunto de retrocessos nas pautas de direitos humanos, o Grab continua resistente, continua com sua incidência política nas comunidades, que é o local onde as pessoas mais necessitam da política pública, das inciativas, e o Grab vem dando resposta no decorrer desses 28 anos”, salientou.
Já a representante do Fórum LGBT, Labelle Rainbow, destacou como vitória do Grab a criação do Centro de Referência Janaína Dutra, vinculado à Coordenadoria Municipal da Diversidade Sexual de Fortaleza e que atende LGBTs em situação de vulnerabilidade. “A gente precisa renovar essa esperança e nos fortalecer ainda mais para mais 28 anos de luta, que a gente já sabe e já identifica que não vai ser fácil, mas ninguém nos tira da luta”, assegurou.
Foram agraciados com placas de homenagem o diretor do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), Raimundo Ferreira Costa Neto; os ex-diretores do Grab, Maria Madalena Ferreira do Nascimento e Elízio Loiola; e o voluntário no Hospital São José, na luta contra a Aids, José Rocha Filho (Rochinha).
Também esteve presente na solenidade o coordenador de Políticas do Grupo de Resistência Asa Branca, Dário Bezerra.
BD/CG