Você está aqui: Início Últimas Notícias Audiência define visita ao Dias Macedo para verificar saneamento
A data foi definida em audiência pública realizada pela Comissão de Seguridade Social e Saúde, em conjunto com a Câmara Municipal de Fortaleza, na tarde desta quarta-feira (24/05). A reunião foi iniciativa do deputado Carlos Felipe (PCdoB), atendendo a reivindicações de moradores do bairro.
De acordo com o parlamentar, muitas doenças estão relacionadas à falta de um sistema de saneamento que garanta condições básicas de saúde. “Fortaleza cresceu muito rápido, de forma não planejada, e não teve a capacidade de acompanhar o saneamento, por isso a ocorrência de doenças relacionadas ao fígado, ao mosquito Aedes aegypti e à muriçoca, o que piora a qualidade de vida e provoca doenças de pele, parasitas, alergias, todas associadas ao não saneamento”, afirmou.
A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) disse que a Capital vem passando por um período difícil com relação à ocorrência de doenças, e, por conta disso, a falta de saneamento se torna um problema ainda mais urgente. “Saneamento é questão de saúde e é um direito dessas famílias. É muito difícil chegar em uma comunidade de Fortaleza que não tenha problema com saneamento básico”, apontou.
A representante da Confederação Nacional de Associação de Moradores (Conam), Gorete Fernandes, projetou um vídeo mostrando a situação da comunidade que convive com esgoto a céu aberto, trazendo ainda depoimentos de moradores sobre as dificuldades e doenças decorrentes da falta de saneamento.
Moradora do Pirambu, Selma Martins, 46, disse que seu bairro também sofre com o problema. Ela apresentou a situação da rua em que mora desde os nove anos de idade, atualmente ainda sem saneamento. “É muito rato, lama, buraco, não temos saneamento. A situação é precária”, denunciou. De acordo com ela, na Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) não consta a existência da Rua da República, onde ela vive, mas a conta cobrando o serviço de esgoto chega às casas.
Segundo o superintendente da Capital na Cagece, Marcos Saraiva, atualmente, Fortaleza possui 57% de cobertura de saneamento básico. “Existe um projeto sendo desenvolvido pelo Governo do Estado para fazer a universalização do esgotamento sanitário. Depois de pronto, a etapa posterior é equacionar os recursos financeiros. Essas obras exigem valor financeiro muito elevado, e a companhia não tem recursos próprios para fazer isso”, destacou.
Sobre a cobrança da prestação de serviço sem o efetivo serviço, disse que pode ser consequência de erro no cadastro. Nesses casos, é necessário entrar em contato com a Cagece através do 0800 ou de uma loja de atendimento para providenciar a correção, pontou.
Também participaram da audiência representantes de comunidades do Aracapé, Pirambu, Nossa Senhora das Graças e Renascer. Participaram da mesa a deputada Augusta Brito (PCdoB); Ana Carolina, da Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf); Carlos Alberto, da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace); Welder Castro, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), e o vereador de Fortaleza Emanuel Acrízio (PRP).
CF/CG