Energias renováveis devem impulsionar economia cearense em 2017
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) divulgou, nesta quinta-feira (05/01), projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado deve crescer 1% em 2017. Isso é o dobro da média das projeções atuais para crescimento da economia brasileira, que é de 0,5%.
De acordo com o Panorama Industrial da Fiec, a recuperação cearense deve ser impulsionada pelos setores de energias renóveis e exportação agroindustrial. Entretanto, o estudo pondera que isso pode ser prejudicado se as chuvas continuarem abaixo da média neste ano.
Para o deputado Sérgio Aguiar (PDT), é possível alcançar esse crescimento, e a siderúrgica será o “grande diferencial” para a economia cearense em 2017. "A siderúrgica deverá ter um impacto grande e, a partir disso, toda a cadeia produtiva associada ao minério de ferro será beneficiada", avalia o parlamentar.
Na opinião do deputado Moisés Braz (PT), as projeções para o crescimento econômico do Ceará são levemente otimistas e indicam uma lenta retomada, considerando os dados negativos da economia cearense em 2016.
Além disso, o parlamentar ressalta que o Governo do Estado tem dado mostras de equilíbrio ao conduzir a economia do Ceará, apesar de a falta de chuvas ter prejudicado o Estado nos últimos anos. “É um cenário complicado e ainda imprevisível, por isso temos que manter a confiança em dias melhores e seguir trabalhando, principalmente para quem mais precisa do Poder Público", defende Moisés Braz.
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) considera que o Ceará tem plena capacidade de alcançar um melhor desempenho do PIB em 2017, apesar de ter tido resultados negativos nos últimos cinco trimestres.
Porém, o parlamentar avalia que o Estado ainda é muito dependente de setores tradicionais da indústria. “O Ceará não investe em uma economia moderna, com inovação, competitividade. A economia do mundo é feita de inovação, de inteligência, e o Ceará está muito tímido e fraco nessa questão”, critica.
JM/GS