Você está aqui: Início Últimas Notícias Frente propõe mudanças no combate ao Aedes aegypti e realização da Expozika
No próximo dia 29 de novembro, haverá um novo encontro para apresentar o relatório final. Entre as propostas, está a intensificação do Sistema Integrado de Combate ao Aedes Aegypti (Sicae), além da criação de um grupo permanente de acompanhamento dos trabalhos, após a conclusão da Frente.
Sobre as ações de combate, o parlamentar indicou o aumento de seis para 10 no número mínimo de visitas aos domicílios por ano. “O mosquito pode gerar até 100 arbovírus, então, o que nos espera não é bom”, comentou Carlos Matos.
Além disso, o deputado defendeu que é preciso reforçar o trabalho de inspeção dos agentes de endemias nas caixas d’água. De acordo com ele, só em Fortaleza existem mais de 450 mil caixas d’água. “O problema é de gestão e política pública, nem de recurso é, porque custa muito barato um programa de enfrentamento. Mas é preciso engajamento dos agentes, um trabalho mais integrado e mais bem coordenado”, ressaltou o parlamentar.
O deputado também propôs à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa) a criação de uma área específica para a capacitação dos municípios. “Não é o Estado que vai conseguir dar solução para os municípios, mas é necessária uma consultoria, um apoio, para que os municípios possam estruturar suas próprias áreas”, frisou.
Segundo Márcio Garcia, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, é preciso trabalhar envolvendo a população, já que grande parte dos focos do mosquito Aedes aegypti se encontra dentro das residências. “A população tem que fazer sua parte eliminando qualquer criadouro, os municípios também precisam fazer a parte deles, garantindo o número de agentes de controle de endemias”, declarou.
Ainda de acordo com o coordenador da Sesa, também é necessário o envolvimento de outras secretarias, como a Secretaria de Educação. “É importante trabalhar com as crianças e os adolescentes, porque são eles que vão chegar em casa e cobrar dos pais que o trabalho seja feito”.
Para a coordenadora de comunicação da Frente Parlamentar e representante da Unicef, Tati Andrade, envolver a mídia, em especial as rádios, que chegam a algumas localidades mais facilmente, faz parte das estratégias de combate, atuando no alerta à população. “Uma das constatações que fizemos é que as pessoas se acomodaram e não têm mais medo das doenças causadas pelo mosquito, o que nos levou a propor uma comunicação mais realista sobre os riscos”, comentou.
O Ceará registrou este ano cerca de 35 mil casos confirmados de dengue e 25 mortes pela doença. Com relação à chikungunya, são cerca de 27 mil casos desde o início do ano e 14 mortes. Já os casos de microcefalia, provocados pelo zika vírus, chegaram a 94.
Também participaram da reunião o deputado Leonardo Pinheiro (PP) e o assessor técnico do Núcleo de Controle de Endemias da Prefeitura de Fortaleza, Eduardo Amendola.
Integram a Frente os parlamentares José Sarto (PDT), Fernanda Pessoa (PR), Agenor Neto (PMDB), Roberto Mesquita (PSD) e Evandro Leitão (PDT).
CF/AP