Para o parlamentar, a cultura é o maior patrimônio social de um povo e deve ser valorizada. “É uma forma de tirarmos nossos jovens da ociosidade e das drogas e assim gerarmos emprego e renda”, defendeu.

O presidente da Comissão, Ferreira Aragão (PDT), destacou a importância do Plano Estadual de Cultura para ampliação dos investimentos e a construção de políticas públicas que consolidem este setor. “A cultura é fundamental para o desenvolvimento de um povo e temos que incentivar nossos municípios a aderirem este novo plano”, enfatizou.

Para o deputado e ex-secretário de Cultura do Estado, Professor Pinheiro (PT), a construção do Plano Estadual deve acontecer de forma democrática com a ampla participação da sociedade, e a formulação de uma política de estado, e não apenas de governo. “Tendo em vista que é um plano decenal (válido por 10 anos) e de grande interesse da população, devemos priorizar a democratização do debate”, afirmou. Segundo ele, apesar das modificações significativas nos investimentos culturais, nos últimos sete anos, ainda temos que avançar muito.

A representante do Localizador Cultural, Sandra Maciel, defendeu a igualdade de investimentos para a Região Metropolitana de Fortaleza e Interior, já prevista na atual legislação. Ela criticou a diferença entre as linguagens culturais quando se fala em recursos. “Dos 128 projetos culturais, habilitados pela Secretaria de Cultura do Estado, R$ 230 mil foram destinados para dança, R$ 102 mil para o teatro e apenas R$ 78 mil para artes circenses”, reclamou.

O secretário de Cultura do Estado, Antonio Carlos, fez uma explanação sobre os critérios que serão levados em consideração para a construção do Plano Estadual de Cultura, entre eles, a sensibilização e mobilização social, análise da situação atual, prognóstico para o futuro do setor e sistema de monitoramento e avaliação do Plano Estadual. Segundo ele, 80 municípios cearenses já estão participando desse processo de implantação.

O Sistema Nacional de Cultura tem por finalidade o planejamento e a implantação de políticas públicas de longo prazo voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. Também participaram do debate: representantes do Conselho Estadual de Cultura e da Federação das Indústrias do Estado.

DP/LF