Você está aqui: Início Últimas Notícias Livros sobre desertificação e seca no Brasil são lançados na AL
Ao apresentar a publicação sobre degradação da terra seca no Brasil, o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio, destacou que vários especialistas participaram da edição, coordenada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). “A gente mostra que 13% da área do Estado sofre com a desertificação e 100% do território é passível de ser desertificado", assinalou, ao informar que o livro pode ser baixado no site do da CGEE, parceira da Funceme na edição.
De acordo com Eduardo Sávio, o trabalho oferece uma visão geral das áreas secas e suscetíveis à desertificação e esclarece sobre a cobertura vegetal e as tecnologias utilizadas para fundamentar o trabalho, tais como fotos de satélite.
Eduardo Sávio acrescentou que as secretarias do Estado envolvidas com o setor produtivo devem se engajar no combate à seca. Ele salientou que a Funceme, atualmente, está empenhada em promover a recuperação de uma área do Vale do Jaguaribe. “A recuperação dessas áreas leva muito tempo, é preciso um esforço continuado”, frisou.
O livro “Degradação neutra da terra: o que significa para o Brasil?”, apresentado pelo coordenador de pesquisa do CGEE, Rocha Magalhães, "tem a vantagem de ser lido facilmente e também está disponível no site da instituição”. Segundo ele, o projeto teve início na conferência internacional Rio +20, sobre o meio ambiente. “Conseguimos levar o tema desertificação do Nordeste para a conferência e, após muita negociação da embaixada brasileira, o tema foi incluído no documento da conferência.”
Segundo Rocha Magalhães, a " publicação reúne as principais conclusões e pontos importantes debatidos em uma oficina técnica que reuniu um grupo de especialistas para discutir as implicações para o Brasil da degradação das terras".
Após a apresentação dos livros, houve a entrega do prêmio Ambientalista Joaquim Feitosa à Cerâmica Torres Ltda. O empreendimento está localizado em Sobral desde 15 de abril de 1978, sendo dirigido desde 1983 pelo engenheiro Fernando Ibiapina. Atualmente, a empresa desenvolve o programa Produção Mais limpa, que visa à redução ou à eliminação de geração de resíduos sólidos.
Na solenidade, também foi entregue o prêmio Ambientalista Joaquim Feitosa ao diretor da Cerâmica Torres de Sobral, pelo programa de controle de resíduos desenvolvido pela empresa. O destaque foi entregue pelo secretário do Meio Ambiente do Estado, Artur Bruno, a Fernando Ibiapina e à presidente da Fundação Bernardo Feitosa, Maria Dolores de Andrade Feitosa. Os homenageados agradeceram a comenda e ressaltaram a importância do desenvolvimento sustentável para a preservação do meio ambiente.
JS/AT