Você está aqui: Início Últimas Notícias Comitê pela Prevenção de Homicídios realiza audiência em Sobral nesta terça
Apesar dos avanços nas áreas sociais, em especial na educação, Sobral apresenta índices preocupantes de homicídios na adolescência. Dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará referentes a 2015 revelam que a taxa de homicídios na faixa de 10 a 19 anos foi de 74,98 para cada grupo de 100 mil, bem acima da taxa total de homicídios, que ficou em 49,81 (para cada 100 mil). Para a Organização Mundial da Saúde, uma taxa acima de 10 homicídios para cada 100 mil já é considerada epidemia.
Essa é a nona reunião do Comitê em cidades cearenses para ouvir a população sobre a violência e as formas de prevenir a violência nos municípios. Além de debates em Fortaleza, o Colegiado já visitou as cidades de Maracanaú, Caucaia e Juazeiro do Norte.
Nas audiências já realizadas, a população apresentou diversas proposições nas áreas da educação, cultura, esporte, lazer e assistência social, apontando caminhos que poderiam afastar crianças e adolescentes da violência letal, como escolas abertas nos fins de semana e professores capacitados para mediar conflitos - o que poderia evitar o abandono escolar -, entre outras medidas. As propostas sugeridas nas audiências, juntamente com o resultado da pesquisa de campo (feitas com as famílias de adolescentes assassinados e com adolescentes que cometeram homicídios e que cumprem medida socioeducativa) e as considerações resultantes de seminários temáticos irão compor o relatório do Colegiado, que será entregue a gestores, sociedade civil organizada e a todas as instâncias responsáveis.
O Comitê, que é uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Ceará, em parceria com o Governo do Estado do Ceará e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), visa elaborar propostas de políticas públicas que apontem para a prevenção e a redução de homicídios cometidos por adolescentes e contra adolescentes no Ceará. O presidente do Colegiado é o deputado Ivo Gomes (PDT) e o relator, o deputado Renato Roseno (Psol).
GM/JU