Ainda segundo o deputado José Sarto, a comissão já dispõe de uma série de dados para dar continuidade aos trabalhos. Entre os documentos, está o inquérito policial instaurado na Delegacia de Polícia Civil de Itapipoca. “São mais de 9 mil páginas nos autos, com depoimentos de médicos envolvidos, profissionais da saúde, advogados e de escritórios que captavam clientes do DPVAT”. Além disso, o deputado informou que a CPI recebeu extensa documentação da Polícia Federal de Minas Gerais sobre operação que investiga a prática dos mesmos crimes naquele estado. “Mesmo a CPI sendo regionalizada e circunscrita ao estado do Ceará, o modus operandi das fraudes é similar em todo o Brasil”, explicou o parlamentar.
Para o relator da CPI, deputado Fernando Hugo (SD), a Comissão Parlamentar de Inquérito encontrou muita dificuldade no levantamento de algumas informações. “Não existe, tanto por parte da Secretaria de Segurança como do Ministério Público, dados fáceis de serem alcançados e que contenham nomes específicos e ações dos que praticaram delitos criminosos em relação ao DPVAT. Se for preciso, com a concordância de todos, poderemos pedir a prorrogação da CPI”, previu.
No ano passado, a CPI realizou cinco reuniões, em que foram ouvidos o delegado de Acidentes e Delitos de Trânsito (DADT), César Wagner; o delegado titular de Itapipoca, Marcos Aurélio França, e o diretor jurídico da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT, Marcelo Davoli. Entre os dados revelados na CPI está a informação de que o Ceará pagou mais de 81 mil indenizações do Seguro DPVAT, apenas em 2014.
Também participaram da reunião os deputados Leonardo Pinheiro (PSD), Zé Ailton Brasil (PP) e Walter Cavalcante (PMDB).
LF/AP