Você está aqui: Início Últimas Notícias AL discute políticas públicas para solucionar desaparecimentos no CE
A parlamentar ressaltou que a reunião poderá ajudar a trazer respostas à sociedade e diminuir a dor dos parentes que procuram entes queridos.
Segundo dados da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, entre janeiro de 2006 e abril deste ano, foram registrados 1.231 desaparecimentos no Ceará. Destes, 86% foram encontrados, 13% continuam desaparecidos e 1% foi encontrado sem vida.
Augusta Brito informou ter apresentado projeto de indicação sugerindo a criação de um banco de dados integrado no Estado. Este permitiria que diversos municípios e órgãos pudessem trocar informações e solucionar os desaparecimentos.
O coordenador da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, Francisco José Monteiro, esclareceu que a Secretaria mantém um telefone para que os familiares registrem os desaparecimentos.
Já o representante da Perícia Forense do Ceará, Luiz Humberto Quezado, explicou que o órgão tem condições de ajudar na identificação dos desaparecidos e solução de casos. Segundo ele, no próximo ano, deve ser implementado um serviço de identificação de desaparecidos por meio dos dados biométricos. O serviço irá coletar impressões digitais e dados de identidade, que poderão ser comparados com pacientes sem identificação em hospitais ou pessoas que estão perdidas por conta de lapsos de memória.
A coordenadora da Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas, Alessandra Pimentel, explicou que a Secretaria está instalando um contêiner para fazer a identidade de moradores de rua e declarou que esses dados poderão ser integrados a um banco de dados criado no Estado, o que ajudaria famílias a reencontrar parentes que vivem nas ruas.
A representante da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-CE, Giselle Matias, ressaltou que vários estados já têm esse banco de dados e que o Ceará deve fazer o seu o mais rápido possível. Ela destacou que o País tem a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, em alusão ao Dia Internacional da Criança Desaparecida, e essa seria uma oportunidade de esclarecer a sociedade sobre o tema.
Também participaram da audiência pública Socorro Portela, delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa; o chefe do Departamento de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Coelce, Sérgio Araújo, e o delegado da Polícia Federal Thomas Wlassak.
JM/AP