Queixas sobre o atendimento da Companhia Energética do Ceará (Coelce) também permeiam debates na Assembleia Legislativa do Ceará (Alce). O deputado Roberto Mesquita (PV) afirma que há projeto para pedir a instalação de uma CPI na Casa. No entanto, a quantidade de pedidos de abertura de CPI protocoladas pode prorrogar novas investigações.
Apenas duas CPIs podem funcionar simultaneamente no Legislativo, conforme o regimento interno. Em julho, foi autorizado o início dos trabalhos da comissão que investigará o seguro DPVAT no Estado. Na “fila”, ainda estão a CPI do narcotráfico e da exploração sexual e o pedido de investigação à obra do Acquario Ceará.
Em 2009, a Alce instalou CPI para investigar a Coelce, com apoio de 41 dos 46 parlamentares. No entanto, a comissão enfrentou dificuldades na convocação de representantes da empresa. Por ser privada, a Coelce não tinha obrigação de enviar representantes às sessões e chegou a questionar na Justiça a existência da CPI.
Autor da proposta à época, o ex-deputado Lula Morais (PCdoB) acredita que a comissão da Câmara terá dificuldade nas investigações. “O setor elétrico tem proteção muito grande, inclusive em nível do Judiciário. Tudo o que você consegue evoluir para quando chega ao Judiciário”, afirma. Mesmo assim, pontua que a quantidade de cobranças da população sobre as taxações pode ajudar os vereadores. (Jéssica Welma)