O presidente da Casa, deputado Roberto Cláudio (PSB), comandou os trabalhos. Ele disse que a criação do colegiado foi estimulada pelo governador Cid Gomes há cerca de um ano. “Ele propôs a Assembleia como arena para anfitrionar o debate. O pacto é uma grande celebração pelas importantes conquistas recentes do Complexo”, pontuou, referindo-se à siderúrgica, refinaria e Zona de Processamento de Exportações (ZPE).

Segundo o socialista, o Pacto pelo Pecém foi instituído para colaborar com o planejamento das ações de forma a assegurar um processo de desenvolvimento sustentável para o Ceará.

Com os três empreendimentos em pleno funcionamento, a expectativa é de que o perfil econômico do Estado mude completamente, pois matérias-primas dos polos metalmecânico e petroquímico passarão a ser produzidas aqui. Isso deve atrair novos investimentos, destacou. “O Porto em si, além da modernidade e localização geográfica, com a chegada das águas do rio São Francisco e da rodovia Transnordestina, ganha em infraestrutura e logística, se tornando, certamente, um porto de referência no País”, avaliou Roberto Cláudio.

Conforme o presidente da AL, os cearenses esperam há cinco décadas por estes equipamentos. Agora, eles começam a sair do papel. “A siderúrgica já é uma realidade. Está em obras. Já há algumas ações no terreno da refinaria. Nos próximos meses, há a expectativa do anúncio definitivo. E a ZPE já está estabelecida como empresa pública em fase experimental. São projetos irreversíveis para o Estado”, frisou.

Presidente do Conselho de Altos Estudos, o deputado Lula Morais (PCdoB), lembrou dos quase sete meses de estudos feitos pelo colegiado até o lançamento hoje do documento com as diretrizes da mobilização. “Ouvimos pessoas e empresas com papel fundamental na concretização do complexo para iniciarmos um diálogo sobre o futuro do nosso Estado pela importância em torno do adensamento do porto”, informou.

O comunista disse acreditar que o CIPP será capaz de colaborar com a diminuição das desigualdades sociais do Ceará. “Temos a grande responsabilidade de debater de que forma esse Complexo vai se constituir e adensar. E o que vamos fazer de forma planejada para o futuro, com foco na qualidade de vida e nos preocupando com o meio ambiente, a saúde e a qualificação profissional de quem mora no entorno”, sublinhou.
BC/CG