A declaração foi dada durante audiência pública realizada, na tarde desta terça-feira (28/04), pela Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa para discutir a atual situação de custeio e da residência médica do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, mais conhecido como Hospital Mental de Messejana.

O secretário adjunto disse que o compromisso do Governo é com a saúde. “A prioridade máxima é para a saúde”. Segundo ele, não há nenhuma intenção de promover cortes de recursos no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM). Henrique Javi adiantou ainda que já existe um estudo na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) para a realização de concurso público na área da saúde para melhorar o atendimento nas unidades.

A iniciativa foi proposta pelo deputado Dr. Carlos Felipe (PCdoB). Segundo ele, o propósito do debate era evitar um corte de 20% nos recursos destinados ao custeio do hospital, uma vez que a saúde já sofreu uma perda financeira em relação ao ano anterior.                                                                         

Marcelo Theófilo Lima, diretor do HSMM, ressaltou que, nos últimos anos, cinco hospitais de saúde mental foram fechados em Fortaleza e a demanda foi absorvida pela instituição, sobrecarregando o hospital e seus profissionais. “Nós já vivemos com um orçamento muito pequeno e mesmo assim não reduzimos o atendimento”, afirmou. Ele acentuou que apesar dos poucos recursos, o hospital é um dos quatro melhores do País.                                                              

O coordenador da Residência Médica do hospital, Alexandre Lima, chamou atenção para a carência de recursos humanos, notadamente para a falta de profissionais de saúde, e disse que a notícia de corte era assustadora. “Não se pode tirar o que não está sobrando”, pontuou.                                                          

Durante a reunião, foi proposta a realização de um Pacto para a Saúde Mental do Ceará, inclusive para a residência médica, com a participação de Fortaleza e demais municípios cearenses, além da formação de um grupo para elaborar um diagnóstico sobre a situação da saúde mental de Fortaleza.                         

Também participaram da audiência pública, o deputado Carlomano Marques (PMDB), presidente da Comissão de Seguridade Social e Saúde da AL; o deputado Carlos Matos (PSDB);  vereador Dr.Vicente da Costa (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Fortaleza; vereador Deodato Ramalho (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza; Joel Porfírio Pinto, representande do Conselho Regional de Medicina; Carolina Aires, coordenadora de Saúde Mental de Fortaleza; Tadeu Uchoa, representando a promotoria de Justiça e Defesa da Saúde Pública, além de médicos residentes.                                     

WR/CG