Dia Internacional da Síndrome de Down é lembrado em sessão solene na AL 

A Assembleia Legislativa realizou, na tarde desta terça-feira (31/03), no Plenário 13 de Maio, sessão solene para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março. O evento atendeu ao requerimento do líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT).

Em seu pronunciamento, o parlamentar afirmou que, nos últimos anos, foram observados avanços na forma como são vistas essas pessoas graças às pesquisas, campanhas educativas de conscientização, engajamento dos pais e das próprios indivíduos com Síndrome de Down. “Direitos foram conquistados, o preconceito a esses rostos com traços característicos e olhos puxados diminuiu. Contudo, a discriminação ainda persiste em nossa sociedade”, disse.

 Ainda de acordo com o deputado, é importante desenvolver e fomentar políticas públicas que proporcionem qualidade de vida a esses cidadãos com direitos iguais. Ele ressaltou que o Brasil precisa superar uma carência no que diz respeito à inclusão social. “Estimativas mostram que 300 mil pessoas têm Síndrome de Down. Acredito que um importante passo a ser dar no âmbito nacional é consolidar dados confiáveis. A partir daí, podemos ter políticas mais eficazes para darmos mais qualidade de vida para essas pessoas”, complementou.

Outro ponto destacado pelo pedetista é o projeto de lei que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, hoje em tramitação no Congresso Nacional. “No texto é colocado direitos como acesso ao transporte, moradia, educação e trabalho. Nós estamos acompanhando sua tramitação”, pontuou.

Durante a solenidade, a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Fortaleza (Apae), Associação Fortaleza Down; Associação Pro-Down; Associação Inclusiva de Fortaleza (Existir); Recanto Psicopedagógico; o Núcleo Nadar; e o Instituto Pestalozzi foram agraciados com placas comemorativas pelos relevantes serviços prestados.

Os presidentes das instituições homenageadas destacaram a importância do momento e pediram mais apoio do poder público nas ações desenvolvidas. De acordo com João Manoel Nunes, presidente da Associação Inclusiva de Fortaleza (Existir), hoje, os institutos sobrevivem em sua maioria de doações. “É preciso uma maior eficiência dos poderes para ajudar nossas crianças. Infelizmente não temos apoio financeiro de governo”, lamentou.  

Portador de Síndrome de Down, o aluno atendido pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Fortaleza (Apae), Ivanderson Alves, agradeceu a Assembleia Legislativo pela lembrança da data e afirmou que é preciso lutar cada dia mais pela inclusão social. “Agradeço a todos em nome da Apae por esta homenagem a nós prestada, de forma carinhosa e fraterna. Sabemos da importância da inclusão social e batalhamos por melhorias na nossa entidade”, afirmou. Outras crianças portadoras da síndrome também se manifestaram.

O secretário estadual da Saúde, Carlile Lavor; o secretário-executivo da Secretaria de Esportes e Lazer, Carlos Campelo; o tenente coronel, Luiz Carvalho Rodrigues; o vice-presidente da Federação Cearense de Futebol, Eudes Bringel; o deputado Audic Mota (PMDB), a representante da Secretaria da Cultura, Lara Paz; além de mães, professores, membros da sociedade civil e portadores de necessidades especiais compareceram ao evento.

DF/JU