Na publicação, as imagens de Gentil Barreira se unem aos textos de grandes autores cearenses que também falaram sobre o tema, tais como Adolfo Caminha, Antônio Sales, Demócrito Rocha, Domingos Olímpio, Francisco Carvalho, Gustavo Barroso, Herman Lima, Jáder de Carvalho, João Clímaco Bezerra, José de Alencar, Leonardo Mota, Manuel de Oliveira Paiva, Natércia Campos, Patativa do Assaré e Rachel de Queiroz.

Gentil Barreira contou que esteve em locais como Assaré, no centro sul do Estado, onde viveu Patativa do Assaré, e a fazenda Não Me Deixes, em Quixadá, terra da escritora Rachel de Queiroz. Segundo ele, isso garantiu que a obra não fosse uma mera junção aleatória entre os escritos e as fotografias, mas um esforço de repetir a atmosfera e o ambiente em que os escritores estavam imersos quando traçaram seus escritos.  

O autor também explicou que o bioma caatinga é cenário recorrente em suas memórias de infância, quando visitava a fazenda de seus avós. “De certa forma, esse projeto nasceu de vivências minhas. O lugar para onde ia nas férias era sempre o sertão. Com 11 anos, pegava um ônibus e já ia só para a fazenda. De certa forma, isso ficou marcado. Durante muito tempo, planejei fazer o percurso de volta. Graças ao projeto, pude realizar essa ideia”, afirmou.
JS/AT