A caravana, que está percorrendo todo o País, é uma ação de convergência de redes, movimentos, entidades e de todas as pessoas que se dedicam à afirmação dos direitos humanos como elemento central da sociedade e do Estado brasileiro. A iniciativa tem em seu alicerce o Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH), cuja primeira edição foi realizada em 2013, em Brasília (DF). Este ano, o fórum será no Marrocos.
O deputado Professor Pinheiro (PT), propositor do debate na AL, destacou a importância da discussão para a defesa das minorias. “Algumas pessoas ligadas à direita acham que direitos humanos é para proteger marginais. Mas não. É para proteger as minorias, como os indígenas, as minorias negras, entre outras. É importante fazer essa discussão para você não criminalizar as pessoas sem lhes garantir o direito de defesa”, destacou.
De acordo com o ministro interino, Claudinei Nascimento, o objetivo da caravana é fazer um debate sobre a cultura de direitos humanos no Brasil. “Nós precisamos ter uma cultura de direitos humanos e, para isso, nada melhor do que a gente fazer esse debate com as entidades. Até mesmo porque, quando a pessoa tem seu direito violado, ela nem sempre procura o Estado. Isso se deve ao fato de, algumas vezes, ele, Estado, ser o instrumento de violação”, comentou o ministro.
Segundo ele, a caravana tem buscado integrar os movimentos sociais, grupos coletivos, pessoas, entidades, instituições e demais para atividades educadoras, levando os temas e campanhas surgidas no FMDH. Entre as ações, são colhidas escutas dos grupos vulneráveis e em situação de violação de direitos. Na reunião realizada na Assembleia, por exemplo, houve a presença maciça de grupos indígenas do Ceará. A proposta, explicou Claudinei Nascimento, é criar um espaço aberto, plural e inclusivo para todos os grupos.
A caravana foi lançada no dia 29 de abril deste ano, em Natal (RN), por meio de um convênio com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em parceria com o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), governos municipais e estaduais, além de instituições públicas de educação e direitos humanos.
CP/LF