Você está aqui: Início Últimas Notícias Brasilidade homenageia o violonista Laurindo Almeida neste domingo
Sua carreia começou em 1936, tocando a bordo de um cruzeiro. No final da década de 1930, foi trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, tendo inclusive formado dupla com o lendário Garoto.
Em 1947, fez parte da orquestra que acompanhava Carmem Miranda e depois entrou para a orquestra do pianista Stan Kenton. A partir de 1950 passou a viver em Los Angeles, EUA. Passou a ser um requisitado músico de estúdio, com extensa obra gravada de 1950 a 1991. Compôs trilhas sonoras para inúmeros filmes, além de ter recebido prêmios Grammy por seus discos.
Laurindo contribuiu talvez como nenhum outro artista para a difusão sistemática da bossa nova nos Estados Unidos. Comenta-se mesmo que suas gravações de meados dos anos 1950 com o saxofonista Bud Shank antecipam em vários anos, do ponto de vista musical, o aparecimento da bossa nova nos duos de Stan Getz com Charlie Byrd e João Gilberto.
Os duos datados de 1962 e 1963 fazem os norte-americanos pensarem ser o marco inicial da bossa nova, até mesmo o nascimento “oficial” do estilo, pelas mãos e voz de João em 1958.
Dentro de sua vasta discografia, Laurindo gravou de tudo um pouco: bossa nova, jazz, canções tradicionais, composições próprias, composições clássicas para violão de Villa-Lobos, Radamés Gnatalli, Agustin Barrios, Manuel Ponce e Joaquin Rodrigo, e também transcrições de Chopin, Ravel, Debussy e Tchaikovsky.
Possuía paixão pela obra de Johann Sebastian Bach, cujas composições nunca deixaram de aparecer em seus discos - frequentemente sob uma roupagem de bossa nova.
Laurindo pertence a uma geração pioneira do violão, sendo 24 anos mais novo que o patriarca do instrumento, Andrés Segovia, e apenas sete anos mais novo que Django Reinhardt. Apesar da longa vida dedicada à música, Laurindo Almeida sempre foi muito mais conhecido no exterior do que no Brasil.
O programa Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h, com narração de Narcélio Limaverde e produção de Fátima Abreu e Ronaldo César.
IC/LF