“Precisamos discutir sobre esse assunto”, observa Antonio Carlos. De acordo com a proposta do Governo Federal, seria criada uma Unidade de Conservação, em parceria com a iniciativa privada, para preservar o parque, com controle e fiscalização do acesso de pessoas e veículos, a exemplo do que acontece em Fernando de Noronha. O objetivo seria diminuir os impactos no ao meio ambiente.

Antonio Carlos entende que o debate contribui para diminuir as dúvidas da população e para que seja encontrada a melhor opção para Jericoacoara. “A praia e a cidade precisam ser preservadas, por isso o Poder Público tem que criar mecanismos para absorver adequadamente a demanda crescente do turismo”.

Já o deputado João Jaime ressaltou que é a favor de que seja feita uma regulamentação, no município de Jijoca de Jericoacoara, do fluxo de transportes e do tráfego de carros. “É preciso que seja feito pelo Poder Público para que o dinheiro arrecadado volte em investimentos para o próprio município e não para fazer do superfaturamento de alguma empresa”, apontou.   

O parlamentar comentou ainda a construção de hotéis no Parque Nacional de Jericoacoara sugerida pelo Instituto Chico Mendes. “O que o Instituto Chico Mendes quer fazer em Jericoacoara é uma das coisas mais absurdas do ponto de vista ambiental”, criticou.

Segundo João Jaime, o Parque Nacional está inserido em uma Área de Preservação Permanente (APP) e toda APP é protegida pelo Código Florestal independentes de serem unidades de conservação ou não. “Nada pode ser construído em uma APP que são margens de lagoas, margens de rios e campos dunares, que é o caso de Jericoacoara. A proposta de construção de qualquer coisa em uma dessas áreas vai de encontro com o Código Florestal”, afirmou.