O encontro reuniu estudantes de 18 escolas estaduais de ensino médio e fundamental, que assistiram a apresentações artísticas e à palestra da deputada Bethrose (PRP), presidente da Comissão de Infância e Adolescência e idealizadora da campanha. “Andei muito por esse Ceará todinho e, se conseguir salvar pelo menos uma vida, já terá valido a pena”, considerou.

A parlamentar falou aos adolescentes sobre a importância de se denunciar casos de abuso sexual, por meio do Disque 100. O serviço de proteção de crianças e adolescentes, com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SPDCA), funciona diariamente, das 8h às 22h, inclusive nos fins de semana e feriados.

As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de proteção no prazo de 24 horas, mantendo em sigilo a identidade da pessoa denunciante.

Representante do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Antônio de Oliveira Lima, a professora Cláudia Maciel alertou para um possível aumento de casos de violência sexual com a realização da Copa do Mundo Fifa 2014, que tem Fortaleza como uma das subsedes. “Se o Poder Público não tomar uma iniciativa, vamos sofrer bastante. É um trabalho de conscientização, porque o combate é muito difícil. Às vezes, os casos são em conivência com as próprias famílias, que prostituem as suas crianças”, lamentou.

Para a estudante Nayana Vasconcelos, de 15 anos, integrante do Grêmio do Liceu do Ceará, todas as escolas deveriam receber campanhas como a Quem Cala, Consente. “É importante que a criança e o adolescente comuniquem também à mãe, caso sofram algum tipo de abuso ou violência sexual”, acrescentou a jovem.

A visita da campanha “Quem Cala Consente – Fortaleza dá um cartão vermelho à violência sexual contra crianças e adolescentes” contou a apresentação de bandas e do grupo de dança do Liceu do Ceará, que fez uma representação do sofrimento causado pela prática da violência sexual.

Participaram ainda do seminário a diretora do Liceu, Catarina Inês de Almeida; a professora Fernanda Alencar, do Instituto Cearense dos Surdos (ICES), e a representante da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor), Eugênia Nogueira.
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