O trabalho consumiu 12 anos do psicólogo, professor de biologia e pesquisador musical Omar Jubran, na busca pelas gravações originais e composições de Ary e em sua restauração digital.
Ary Barroso transitou pelo rádio, cinema, concursos de Carnaval e teatro de revista. Sua visão de autor era orientada pelo popular e fez dele um mestre na análise dos relacionamentos românticos, abundantes nos temas de suas músicas.
Uma das composições mais conhecidas de Ary, “Grau dez”, de 1935, cantada por Francisco Alves e Lamartine Babo, abre uma série de marchinhas para beldades, que segue com “Garota colossal”, “Menina tostadinha”, “Paulistinha querida” e “Carioquinha brejeira”.
Como pianista, cunhou um estilo econômico que teve eco em figuras de peso, como seu amigo Tom Jobim. Compôs trilhas e escreveu revistas teatrais. Na carreira política, foi vereador, um dos principais responsáveis pela construção do estádio Maracanã, que na época provocava risos quando alguém dizia vê-lo um dia lotado.
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e narrado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
CE/LF