Você está aqui: Início Últimas Notícias Combate à violência marca debate que celebra Dia Internacional da Mulher
“Nós, deputadas estaduais, ocupamos cargos políticos, somos representantes da classe feminina no Legislativo cearense e sabemos a importância e a necessidade de ouvir os anseios das mulheres cearenses, pois, acima de tudo, somos mulheres, mães e trabalhadoras. Somos cearenses e conhecemos as dificuldades, discriminação, injustiça, desigualdade, preconceitos e violência sofridos por milhares de mulheres no nosso Estado”, disse a presidente da Frente, deputada Fernanda Pessoa (PR).
A parlamentar pontuou ainda as ações da Frente, como as visitas a instituições de saúde voltadas à mulher e ao tratamento do câncer. “Verificamos as dificuldades enfrentadas por essas instituições para o atendimento adequando à saúde feminina. Após as visitas, realizaremos também um relatório, que será enviado ao governador Cid Gomes, requerendo soluções e sugerindo novas ações”, informou.
A violência também foi abordada pela deputada Eliane Novais (PSB), vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher. “A cada hora e meia, uma mulher morre no Brasil. O femicídio é uma das expressões mais drásticas do machismo, que mata 15 mulheres a cada 24 horas”, acrescentou. De acordo com a parlamentar, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking de assassinato a mulheres, em uma lista de 80 países.
Eliane Novais destacou o trabalho do Observatório da Violência contra a Mulher (Observem), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), para o diagnóstico da violência. De acordo com a coordenadora do Observem, Helena Frota, quase 10 mil mulheres foram violentadas em 2013. Os meses mais críticos, segundo ela, foram janeiro, março, abril e maio. “O homem acha que a mulher é propriedade dele e se acha no direito de fazer o que quer”, avaliou a coordenadora.
Por sua vez, a titular da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, Mônica Barroso, observou que a violência continua sendo o principal problema enfrentado pelas mulheres. Ela destacou as ações desenvolvidas no Ceará, como o funcionamento de uma coordenadoria e duas secretarias municipais, nove delegacias da mulher, 80 conselhos e 16 centros de referência. De acordo com Mônica, a coordenadoria promove palestras, seminários e debates de sensibilização aos gestores municipais. “Não se pode levar os serviços públicos monoliticamente, as políticas devem ser transversais”, opinou.
Também estiveram presentes na solenidade a delegada Ivana Figueiredo; a diretora do Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), Ana Maria Cunha; Paula Virgínia, representante do Movimento Olga Benário, entre outros.
RW/AT