Segundo dados do Mapa da Violência 2013 – Acidentes de Trânsito e Motocicletas, o Ceará registrou uma proporção de 52,8 mortes a cada 100 mil habitantes. No total – pedestre, ciclista, motocicleta, automóvel e transporte de carga -, o Estado aparece com a segunda maior taxa do Brasil, com 129,8. O Estado fica atrás somente de Roraima, com taxa de 227por habitante. Entre os municípios mais violentos estão: Sobral (62,4), Morrinhos (62,2), Guaraciaba do Norte (57,9), Jucás (50,2), São Gonçalo do Amarante (49,4), Novo Oriente (47,2), Independência (43) e Barro (41,6).
Preocupado com o aumento de números de mortes nas estradas, o deputado Osmar Baquit (PSD) fez um alerta para o descaso com a falta da fiscalização especialmente no interior do Estado. O parlamentar defende a instalação de departamentos municipais de trânsito. “Acho que a fiscalização deve ser mais dura por parte da Polícia Rodoviária e do Detran, exigindo uma experiência maior para que a pessoa possa, de fato, conduzir um veículo. Todo município deveria ter, obrigatoriamente, sua autarquia municipal de trânsito”, defendeu o parlamentar.
Baquit também destacou que 70% dos casos registrados envolvem acidentes de motos. “É condutor sem capacete e sem documento. No interior isso é mais visível, mas aqui na Capital também acontece. Tem que fiscalizar com mais rigor, principalmente as motos, pois nossos hospitais e UTIs, que as pessoas tanto precisam, estão sendo ocupadas por acidentados de moto” destacou.
A deputada Eliane Novais (PSB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, também frisou os acidentes envolvendo motociclistas e sugeriu debates, com o intuito de conscientizar os motoristas para que haja uma diminuição na violência no trânsito. “O Denatran tem que mudar a legislação dos motoqueiros. Eles cometem violações no trânsito. A Assembleia Legislativa pode trazer esse tema para ser abordado. A Comissão pode abrir esse debate em 2014”, defendeu.
O deputado Ferreira Aragão (PDT), por sua vez, lembrou que a Lei Seca deveria ter fiscalização permanente. “A Lei Seca brasileira é uma das mais modernas e rígidas do mundo, bem mais até que a norte-americana. Mas é preciso ser colocada em prática diariamente. Estamos perto do Carnaval e é interessante alertar as pessoas para não dirigir embriagadas, pois poderão morrer ou matar”, lembrou.
Ainda de acordo com o Mapa da Violência 2013, 980.838 pessoas morreram entre os anos de 1980 e 2011 somente em acidentes de trânsito no Brasil. Em 2013, o Brasil apresentou a maior taxa de mortes por 100 mil habitantes. Foram 22 por 100 mil habitantes, sendo total superou 43,300 pessoas no País.
MA/AT