O deputado Welington Landim (Pros), que preside a CPI da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa, disse entender a insatisfação da população com os serviços do setor. Segundo o parlamentar, a comissão ouviu, de outubro a dezembro de 2013, representantes das operadoras Vivo, Oi, TIM e Claro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além de especialistas e pesquisadores do assunto. “A CPI terá a responsabilidade de dar uma resposta à sociedade. Não vamos deixar, se necessário for, de acionar o Ministério Público Federal”, afirmou.

Para o relator da CPI, deputado Fernando Hugo (SDD), o resultado da enquete “apenas reflete o péssimo serviço oferecido pelas operadoras daqui”. O parlamentar chegou a entrar com uma solicitação para que fosse proibida a venda de chips das operadoras campeãs de reclamações. “Porém, entendemos que é melhor retomarmos nossas atividades, avaliarmos e aprovarmos o relatório final da CPI, antes de tomar qualquer atitude do tipo”, ponderou.

O engenheiro de telecomunicações da Universidade Federal do Ceará (UFC), professor Rodrigo Porto, entende que para “amenizar a precariedade do serviço” é preciso atuar em várias frentes. De acordo com ele, o investimento em antenas e centrais seria ideal. “É preciso adequar a infraestrutura das redes ao número de clientes, para que o serviço seja oferecido com qualidade também nos horários de pico”, disse.

De acordo com o professor, a adoção de 4G, por exemplo, pode facilitar. “Esse tipo de tecnologia funciona em diversos países e com qualidade. Temos que continuar a discutir todas as possibilidades e nos espelhar em exemplos que dão certo para alcançar alguma melhoria”, pontuou.

PE/AT