Roberto Cláudio afirmou que o FIP “atingiu o objetivo fundamental de aproximar a academia da classe política”. Para ele, os estudos elaborados por pesquisadores podem e devem ser utilizados em nossa sociedade. “A gente quer saber como essas ideias podem se transformar em políticas públicas, em nova legislação, em debates de interesse da população”, assinalou.

Com o tema “Gestão Pública: Reforma e Desenvolvimento”, esta edição do FIP vai reunir professores da Alemanha, dos Estados Unidos e de diversas universidades brasileiras. “É fundamental que haja esse intercâmbio para a classe política se inteirar dos pensamentos de vanguarda, que muitas vezes não se transformam em leis”, avaliou o presidente da AL.

Médico-sanitarista, formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado e PhD em saúde pública pela Universidade do Arizona (Estados Unidos), Roberto Cláudio falou sobre o tema que será debatido no fórum. O parlamentar vê como “equivoco” incorporar experiências da iniciativa privada no setor público, sem considerar as “peculiaridades” da gestão pública.       

“Não adianta importar receitas feitas. Tem que aprender com elas, mas saber que as adaptações precisam ser feitas ao contexto do cenário político, econômico e social de cada estado e município”, ponderou.

Roberto Cláudio também defendeu a gestão pública como um meio e não um fim da administração. “A gestão é um instrumento fundamental para que os poderes públicos possam prestar serviços de qualidade e gerar resultado satisfatório para a população”. De acordo com ele, a consciência disso tem se traduzido no aprimoramento com a modernização, informatização e profissionalização dos processos de gestão nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
DA/AT