Dep. Delegado Cavalcante (PDT)
Foto: Paulo Rocha
O deputado Delegado Cavalcante (PDT) denunciou, durante a sessão plenária desta terça-feira (13/03), a expulsão, de forma violenta, de 1.800 feirantes que atuavam em uma via pública de Maracanaú. Segundo o pedetista, o caso ocorreu porque a Prefeitura daquele município desistiu do acordo realizado com os feirantes e ordenou a retirada dos mesmos do local.
De acordo com Cavalcante, a Guarda Municipal de Maracanaú destruiu as barracas dos feirantes, chegando a agredi-los. “Uma mulher grávida de cinco meses foi espancada pelos guardas”, disse, alegando ser um absurdo tal atitude contra uma atividade que só contribui para o crescimento do município.
O deputado explicou que o problema com os feirantes vem desde o desativamento da Feira da Sé, localizada no Centro de Fortaleza, em 2009. Segundo ele, os comerciantes foram atraídos para Maracanaú, sob a promessa, por parte da Prefeitura Municipal, da disponibilização de um local onde eles pudessem realizar suas atividades.
Depois de um processo judicial que durou dois anos, o Shopping Feira Center foi o local escolhido para os feirantes. Porém, o administrador do local, conforme informou Cavalcante, vendeu a propriedade e os feirantes acabaram tomando posse de um terreno próximo, em via pública, onde armaram suas barracas e reativaram o comércio.
O deputado Júlio César Filho (PTN) ressaltou que apesar da Prefeitura ter disponibilizado um novo local para os feirantes, nem todos aceitaram ir para este espaço. Segundo ele, “mesmo que apenas um feirante estivesse insatisfeito com essa situação, ele tem que ser atendido”, disse.
A deputada Fernanda Pessoa (PR), por sua vez, explicou que a retirada dos feirantes da via pública foi uma medida judicial, visto a possibilidade da ocorrência de acidentes, além de outros fatores. “A Prefeitura levou mais de 150 empresas para o Shopping Feira Center. Mais de mil empregos foram gerados ali, então foi necessária a remoção deles”, explicou. Ela disse, ainda, que o prefeito Roberto Pessoa está aberto ao diálogo com as representações dos feirantes.
PE/JU