Você está aqui: Início Últimas Notícias Presidente da Academia de Ciências Sociais do Ceará lança livro na AL
Heitor registrou sua alegria em presidir a solenidade de lançamento do autor João de Lemos que, segundo o parlamentar, é seu conterrâneo do município cearense de Lavras da Mangabeira, no Vale do Salgado. “Para mim, é motivo de orgulho ter nascido na mesma cidade que um homem da estirpe de João de Lemos”, acrescentou.
O historiador Juarez Leitão, que fez a apresentação da obra, ressaltou que o Vale do Salgado possui escritores de desempenhos admiráveis e marcantes na literatura cearense. Para ele, os “eternos meninos do Salgado são personagens de uma infância que nunca termina”.
“Nesta noite e neste cenário da Casa do Povo, lançamos um compêndio de memórias de mais um desses meninos que, além de escritor, é administrador, advogado, professor e acadêmico. Esta obra foi construída entres os anos 70 e 90 do século passado, por meio de crônicas publicadas no jornal O Catolé”, afirmou.
Juarez destacou ainda que as crônicas de João Gonçalves de Lemos conservam uma fidelidade visceral à memória de um tempo bom, “quando o mundo parecia mais macio e os sonhos possíveis de serem alcançados, tempo em que tudo parecia mais poético e místico em quaisquer circunstâncias em que se celebrassem, no dia a dia, os afazeres da simplicidade”, definiu.
Ele salientou que o autor, oriundo de uma infância rica, conquistou o Rio de Janeiro, onde, depois de exercer árduas tarefas, adentrou a universidade, sem nunca deixar de lado a lembrança de sua infância no Interior. “Ao longo das páginas deste livro, João de Lemos entregou-se aos objetos de seu interesse espiritual para atingir seu objetivo literário. Convém a todos nós visitarmos este universo, pois são historias de vida, cheias de dores e alegrias”, complementou.
Emocionado, João Gonçalves de Lemos disse que Juarez Leitão colocou alegria na diversidade temática dos textos de sua obra e trouxe brilho a seus “modestos escritos”. “Tentei trazer o tempo passado para dentro do tempo presente. Resta-me apenas o dever de fazer agradecimentos. A Deus, pelos bens recebidos e, ao maior deles, além do dom da vida, que é minha família, que prestigia e me aplaude pela realização profissional”, afirmou.
O autor frisou que estava saudoso das coisas, dos animais e da gente deixadas para trás e, por isso, escreveu alguns textos, lembranças de tudo que rodeava sua infância, adolescência e juventude, tudo que mais tarde se refletiria em emoções que desencadearam em sua família.
“Essas emoções foram feitas de momentos como o de um casamento feliz, de nascimentos, de aniversários, tristezas e da celebração de algumas vitórias. Agradeço a Juarez, que em sua fala, bem interpretou a diversidade dos textos, deu vida à simplicidade de meus escritos e os valorizou”, concluiu o escritor.
RT/LF