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Aliados de Cid expõem incertezas - QR Code Friendly
Quinta, 26 Setembro 2013 04:51

Aliados de Cid expõem incertezas

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O deputado Sérgio Aguiar defende que o momento é de fortalecer regionalmente a legenda e pensar numa candidatura a presidente só em 2018 O deputado Sérgio Aguiar defende que o momento é de fortalecer regionalmente a legenda e pensar numa candidatura a presidente só em 2018 Foto: José Leomar
  Na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, os deputados repercutiram a situação do PSB cearense As perspectivas do debate que ocorrerá hoje à noite para definir os rumos de um grupo de parlamentares cearenses filiados ao PSB - por divergirem com o diretório nacional do partido - repercutiram na sessão de ontem da Assembleia Legislativa por alguns aliados do governador Cid Gomes, após ele afirmar que pelo menos 10 deputados estaduais e quatro federais cogitam a saída da legenda, além de prefeitos da sigla. Entre elogios à atual gestão e críticas ao que está sendo feito pela cúpula nacional da sigla, os parlamentares pessebistas se mostraram apreensivos com o destino da agremiação. No encontro que ocorrerá hoje, o governador Cid deverá anunciar a saída do PSB, podendo adiantar para qual partido vai migrar. A atitude é tomada após uma série de atitudes que ele considera hostis do governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, ao sinalizar uma candidatura a presidente da República nas eleições do próximo ano. Cid Gomes já assegurou que fará palanque para a presidente Dilma. O deputado Roberto Mesquita (PV) lembrou que há quatro anos o PSB, que tinha nome para pleitear a disputa presidencial - o atual secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes - afastou a hipótese, visto que havia interesses do presidente do partido, o governador Eduardo Campos, em manter-se ligado ao Governo, devido aos investimentos em Pernambuco. "O governador de Pernambuco queria encher a sua barriga e hoje está de barriga cheia. O maior pecado dos Ferreira Gomes foi não ter o domínio completo de um partido. Nós temos uma Refinaria e grandes obras estruturantes a serem iniciadas. Nós temos uma máquina arrecadadora bastante eficiente, mas dependemos hoje das transferências da União". E questionou: Por que hoje ele (Eduardo Campos) quer sair? Porque depois de ser engordado, quer colocar os outros a seu serviço". Intervenções O pessebista Sineval Roque salientou que Cid Gomes dará prosseguimento às obras iniciadas em seu Governo, ressaltando que diversas intervenções estão em curso. "Antes do governador Cid, outros governadores jamais fizeram o que ele fez até agora. Mesmo com muitos candidatos em condições de ser governador, dificilmente vai atingir a marca do Governo Cid Gomes", salientou o governista. Ely Aguiar (PSDC) destacou as ações da atual gestão para o Cariri, graças, segundo ele, ao trabalho do Governo do Estado e de parlamentares que representam a região. Welington Landim (PSB) lembrou que a executiva se encontrou na noite da última terça-feira, ressaltando que a decisão do governador Cid foi prudente. "Todo o Ceará sabe que, quando terminou o ciclo Lula, o companheiro Ciro desejava ter candidatura e o nosso partido disse que nós tínhamos compromisso com o PT e com a eleição de Dilma. Naquela época, havia análise de possibilidade real de chegarmos ao segundo turno, mas a pretensão foi barrada pela decisão do partido". Ele lembrou que, por determinação da executiva nacional, entre julho e agosto, em todos os municípios do Ceará foram formados os diretórios municipais. "Caso haja uma intervenção, os rumos seriam muito difíceis para os deputados que já estarão em uma candidatura. Para nós que vamos para uma reeleição, sermos pegos com as calças nas mãos seria um prejuízo irreversível", reclamou. Já o líder do Governo na Assembleia, José Sarto (PSB), afirmou que todas as precauções legais serão tomadas. "Se o convite feito à ex-prefeita e ao deputado Heitor Férrer, se foi feito pela Executiva Nacional, será um ato de hostilidade", apontou. Lula Morais, do PCdoB, disse estar preocupado com o posicionamento de Eduardo Campos, opinando que ele irá "se juntar com muita gente ruim na política desse País". "O PSB sozinho me parece que é pequeno para se colocar em uma disputa eleitoral. A nossa preocupação é com o Brasil e temos consciência que Cid Gomes ´bate´ com nosso pensamento". Sergio Aguiar (PSB) lembrou que o momento é de manter a coerência de fortalecer a legenda regionalmente e pensar em uma candidatura presidencial somente em 2018. Eliane Novais (PSB), único quadro do partido favorável à candidatura de Eduardo Campos à presidência da República, fez um histórico da situação do partido na direção de Cid Gomes e disse que o governador, por diversas vezes, hostilizou membros da sigla. "Se o Governador Cid não vai apoiar Eduardo Campos aqui no Ceará para disputar a presidência da República, é natural que o partido procure viabilizar um palanque local procurando nomes que tenham afinidade com o campo progressista. O Presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, realmente teve pelo menos dois encontros com a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e ligou para o deputado Heitor Férrer", disse. Em resposta a Novais, Sarto afirmou que Cid tem um compromisso com o Ceará e com a presidente Dilma Rousseff, mas não condenou a tentativa de Eduardo Campos em tentar candidatura para o Executivo Nacional. "Pode acontecer de o partido sair dessa eleição menor do que entrou", ponderou.
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