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Audiência discute na AL eficácia de remédios comercializados no Brasil  - QR Code Friendly
Quarta, 18 Setembro 2013 16:37

Audiência discute na AL eficácia de remédios comercializados no Brasil

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A.P. Remédios comercializados no Brasil A.P. Remédios comercializados no Brasil Foto: Dário Gabriel
  Apenas 51% dos medicamentos comercializados no Brasil são fiscalizados adequadamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A afirmação foi feita pelo médico e membro da Academia de Medicina do Ceará, Iran Rabelo, durante audiência pública para tratar sobre a eficácia dos medicamentos farmacêuticos comercializados no País, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (18/09), no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa do Ceará.

Para a requerente do debate, deputada Fernanda Pessoa (PR), o encontro teve o objetivo de alertar à sociedade sobre a qualidade dos medicamentos que estão sendo usados para tratamentos médicos no País. “Queremos tornar público a gravidade da comercialização de medicamentos sem o devido selo de qualidade”, frisou.

Ainda segundo a deputada, os medicamentos comercializados na Europa possuem 100% do principio ativo, já os remédios similares vendidos nas farmácias brasileiras possuem apenas 40% da substância que comprova a eficácia da medicação. “Com isso, a pessoa terá que tomar 30 comprimidos ao invés de apenas dois, ou três para obter o resultado desejado no tratamento”, finalizou a deputada.

Durante o encontro, o presidente da Academia de Medicina do Ceará, João Pompeu Lopes Randal destacou a criação do documento, denominado com Carta de Fortaleza, feito após um estudo na XV Bienal da Academia de Medicina, que tem como objetivo cobrar das autoridades competentes uma fiscalização mais rigorosa na entrada e comercialização desses medicamentos no Brasil. Ainda segundo Randal, a Anvisa está incapacitada para atender toda a demanda de avaliações. "A gravidade desse problema aumenta com a multiplicidade de apresentações farmacêuticas do mesmo produto, que disputam os menores preços. A fiscalização precisa ser de forma periódica e sistemática, na continuidade da produção", explicou.

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Alisson Menezes, uma das saídas para a diminuição desse problema seria o incentivo para a implantação de indústrias farmacêuticas no Brasil, tanto para princípio ativo, como de medicamentos. “Com os remédios fabricados nas próprias indústrias brasileiras, além de uma fiscalização mais rigorosa, os medicamentos terão preços adequados para o bolso do consumidor e maior porcentagem de principio ativo, o que diminuiria o tempo de tratamento”, enfatizou.

Também participaram da audiência pública os componentes da Academia de Medicina, o vice-presidente, Vladimir Távora Fontoura Cruz; o secretário-geral, Francisco Flávio Leitão de Carvalho; a secretária-adjunta, Lúcia Maria Alcântara Albuquerque; o primeiro secretário, João Martins de Souza Torres; o segundo secretário, Sérgio Gomes de Matos; o primeiro- tesoureiro Janedson Baima Bezerra, e o segundo-tesoureiro, José Ribeiro de Souza.
MA/JU

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
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