Lula Morais ressaltou a importância de uma aproximação entre ações já desenvolvidas na área de gestão das águas e as novas sugestões apresentadas pelos órgãos responsáveis. “Este encontro é uma grande iniciativa, principalmente no momento atual da região Nordeste, que vem passando por uma estiagem prolongada nos últimos três anos. Precisamos encontrar soluções para retirar a população dessa situação de dificuldade”, complementou o parlamentar.

Vicente Andreu salientou que o Ceará é uma liderança nacional na temática da água, não apenas pela formulação suas políticas, como também pela iniciativa da Assembleia Legislativa de constituir um Conselho de Altos Estudos que tem a água como uma questão central.

“Isso constrói um quadro positivo, ainda mais em um momento em que Fortaleza recebe a 9ª Conferência Geral Mundial da Rede Internacional de Organismos de Bacias, que está acontecendo no Centro de Eventos do Ceará, com a participação de 60 países. Uma grande parte dos assuntos lá discutidos trata da formulação de políticas públicas ligadas à água. Portanto, estamos no lugar ideal”, afirmou. 

Também de acordo com Andreu, o processo de seca é um fenômeno natural e o Ceará é um dos estados que mais tem evoluído nesse processo. Para ele, é impossível imaginar que, diante desse fenômeno, registrado como a pior seca em cem anos em alguns municípios, as respostas das infraestrutura não apresentem problemas.

“É claro que sempre procuraremos evitar que esses problemas aconteçam. Mas o Ceará avançou muito nos canais e na construção e interligação de seus reservatórios. A preocupação do Estado e do Governo Federal é minimizar os impactos de uma seca com essa severidade”, salientou.

O secretário executivo do Conselho de Altos Estudos, Francisco Viana, falou sobre o programa Interáguas, sucessor do Proágua Semiárido, que atuou durante doze anos no País. “O Proágua foi renegociado com o Banco Mundial, dando origem ao Interáguas, que terá investimentos no valor de US$ 250 milhões, que serão direcionados para o fortalecimento das instituições de recursos hídricos em todo o Brasil, e não mais apenas no Semiárido”, informou.

Sobre o interior do Estado, o secretário disse que, de acordo com informações da Cogerh, até o final de 2013, cerca de 36 municípios cearenses terão fortes reduções no abastecimento água, mas já estão sendo debatidas medidas que aumentem a disponibilidade hídrica, como a instalação de poços.
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