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A presidente do colegiado, deputada Bethrose (PRP), explicou que o intuito da campanha é mobilizar todas as regionais de Fortaleza até agosto de 2014, “dando consciência às pessoas acerca desse crime e formando multiplicadores, principalmente diante desse grande evento esportivo que é a Copa do Mundo”. Segundo ela, os casos de abusos são superiores ao número de denúncias, o que faz necessário realizar um trabalho de prevenção, orientando como identificar (o abuso) e denunciar.
A psicóloga e escritora Helena Damasceno esclareceu as diferenças entre abuso e exploração sexual, as formas de prevenção e de identificação, os sinais de alerta, bem como os indicadores físicos e comportamentais da vítima de abuso. Ela apontou as dificuldades para tratar do tema, já que “exploração envolve uma rede, dinheiro, barganha comercial. Mesmo assim, a gente consegue atuar, mapeá-la e identificar”, disse.
Antônia Lima Sousa, promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (Caopij) do Ministério Público, enalteceu a mobilização. “É simbólico estarmos aqui numa escola onde o nosso público-alvo pode ser vítima desse tipo de violência. Estamos todos convidados a dar um cartão vermelho para essa modalidade de violência, considerada horrenda e que precisa ser extirpada do meio da sociedade”.
Durante o evento, foram formados grupos de trabalho para a construção do Plano de Ações Estratégicas (PAE) e distribuídos materiais de divulgação da campanha, como cartazes, bótons, adesivos e panfletos, que explicam as formas de identificar o crime e os meios de denunciar.
Estiveram ainda no encontro Norma Maria Arruda, diretora da escola; Marcelino Ferreira, representante da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza; Juliana Nogueira, defensora pública e coordenadora do Núcleo de Infância e Juventude, e Ézio Feitosa, secretário executivo da Regional VI. A iniciativa tem parceria com a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) e a Prefeitura Municipal de Fortaleza. O evento contou também com a presença de conselheiros tutelares, técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social (Creas), líderes comunitários, autoridades públicas e moradores dos 29 bairros da Regional VI.
LS/AT