O deputado Welington Landim (PSB), que solicitou o debate, explicou que todas as propostas recebidas pelo colegiado nesta, e em reuniões anteriores, serão relacionadas e enviadas à Câmara Federal para análise, na primeira semana de junho. 

Entre as propostas apresentadas pelo presidente da Faec, estão a reestruturação e ampliação da Defesa Civil do Estado; a implantação de unidades operacionais em diversos pontos do Ceará; e a reestruturação e ampliação da Conab.

Outra medida que será adotada, conforme explicou Flávio Saboya, é a implantação do Programa Emergencial de Segurança Alimentar Animal do Estado. O programa objetiva, basicamente, a produção de forragem para alimento dos rebanhos para que não haja uma perda significativa durante o período de seca. Flávio disse que a expectativa é, com a adoção da medida, salvar no mínimo 50% das fêmeas do Estado.

Para o assessor técnico de Desenvolvimento Rural da Associação dos Prefeitos e Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nicolas Fabri, as autoridades estaduais devem pressionar a Câmara Federal, para que essas medidas sejam aprovadas, “pois o que se percebe é um verdadeiro descaso com a seca do Nordeste”.

Segundo Nicolas, 14 municípios cearenses já estão em “colapso”, com a falta d’água atingindo os centros urbanos e não apenas as zonas rurais. “No segundo semestre, mais 21 municípios ficarão na mesma situação caso algo não seja feito com urgência”, ressaltou.

Welington Landim ressaltou que todas as propostas apresentadas nas reuniões são soluções rápidas, para amenizar os problemas que as famílias do Interior estão enfrentando agora. “Não podemos esperar para resolver ano que vem”, afirmou.

Participaram também do debate o deputado Manoel Duca (PRB) e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará.
PE/LF