A deputada Augusta Brito comentou sobre a felicidade em fazer “esse justo e merecido reconhecimento” a uma cidadã que “tanto fez e ainda vai fazer muito mais por nós, mulheres”. A parlamentar ressaltou ainda a importância da existência da Lei Lola, assim denominada em referência a Lola Aronovich.

Conforme Augusta Brito, a Lei nº 13.642/2018  permite a investigação de quaisquer crimes contra a mulher na internet pela Polícia Federal.“Em todas as nossas rodas de conversa e eventos da Procuradoria da Mulher, a gente leva a divulgação da Lei Lola, pela importância que tem de as mulheres conhecerem, para poderem utilizá-la e se defenderem dos ataques que sofrem até hoje”, frisou.

Lola Aronovich relatou toda sua história de ativismo feminista na internet e os ataques que sofreu em decorrência da sua militância no blog “Escreva Lola Escreva” .

“Eles não me ameaçam por eu ser a Lola, eles nem me conhecem. Eles me ameaçam por eu ser mulher, feminista, por eu ter um blog ativista e não ter medo. Para eles, é muito revoltante que eu não suma da internet, que eu não deixe de fazer as coisas que eu faço. Mas aqui eu me sinto muito bem. Aqui, no Ceará e no Nordeste, em geral, eu me sinto muito protegida”, afirmou.

Lola também comentou sobre a necessidade de retomar a luta de combate à violência contra mulheres, que foi bastante prejudicada durante a pandemia. “É um trabalho a longo prazo. A pandemia atrasou a gente. Tem vários estudos começando a aparecer sobre como a pandemia realmente travou bastante a nossa luta, parou muito as nossas conquistas, mas vamos ver se a gente consegue continuar e ter um Brasil melhor, um mundo melhor”, projetou.

Também participaram da solenidade a vereadora de Fortaleza Nega (Cidadania); a vice-prefeita do município de São Gonçalo do Amarante, Bethrose Fontenele; a secretária executiva de Políticas Públicas para as Mulheres da Secretaria da Proteção Social (SPS), Denise Aguiar; a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Darciane Barreto, e a escritora Arleni Portelada.

BD/CG